Depois de pouco mais de três anos, o acusado de matar a ex-mulher com um tiro na cabeça por não aceitar o fim do relacionamento, na cidade de Caçador, Meio-Oeste de Santa Catarina, foi condenado nesta terça-feira (16) a 27 anos e 6 meses de prisão em regime fechado, sem poder recorrer em liberdade.
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Esse foi o segundo julgamento de Marcelo Tonete Barboza. Na primeira vez que foi levado ao Tribunal do Júri, em julho de 2022, os jurados haviam desclassificado o crime para lesão corporal, em uma decisão contrária às provas do processo, levando o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) a pedir a anulação da sessão.
No novo julgamento todas as teses do MPSC foram aceitas. Dessa forma, o feminicídio, o motivo torpe e o emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima foram reconhecidos como qualificadoras, aumentando a pena.
Segundo a Promotoria de Justiça de Santa Catarina, o descumprimento de uma medida protetiva e o fato de o crime ter sido cometido na frente de um dos filhos também resultaram no aumento do tempo de condenação, conforme prevê o Código Penal.
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Relembre o caso
O crime aconteceu na madrugada de 30 de novembro de 2020, em Caçador. Marcelo não podia se aproximar da ex-companheira, já que ela tinha uma medida protetiva contra ele. Mesmo assim, ele descumpriu e foi até a casa dela, sacou um revólver e atirou.
O projétil atingiu a cabeça da vítima, provocando a morte por traumatismo craniano. Marcelo fugiu com o filho de dois anos, mas se apresentou a uma Delegacia de Polícia Civil no dia seguinte, quando foi preso.
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