Investigado pelo latrocínio de um professor de 66 anos em Cocal do Sul, no Sul catarinense, um homem foi preso temporariamente nesta quarta-feira (28), pela Polícia Civil, na mesma cidade do crime. Natural de Porto Alegre, capital gaúcha, o suspeito alegou à polícia que após o assassinato roubou objetos da casa da vítima, para “levantar dinheiro” para voltar ao Rio Grande do Sul.

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Responsável pela investigação, o delegado Ulisses Gabriel disse que Helio Antonio Pizzolo foi encontrado morto dentro de casa e com um corte no pescoço no dia 14 de abril. O óbito, no entanto, aconteceu entre os dias 10 e 12 do mesmo mês, conforme apontou laudo pericial. A moradia onde ocorreu o assassinato estava revirada e faltam objetos da residência, especialmente eletrônicos, o que levantou a hipótese de latrocínio.

– Não havia portas arrombadas e, de acordo com a foto da mesa da cozinha, pelo menos duas pessoas estiveram sentadas conversando e se alimentando no local, indicativo de que a vítima conhecia o agressor e nele confiava – informou Ulisses.

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A polícia, então, procurou imagens de câmeras de monitoramento das proximidades, que flagraram as movimentações dos envolvidos. Segundo as gravações, no dia 10 de abril, possivelmente data do assassinato, a vítima e o suposto autor se encontraram durante a manhã. Ainda, conforme as imagens, o suspeito entrou na casa da vítima na mesma data, por volta de 19h47min e saiu exatamente uma hora depois.

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Natural do Rio Grande do Sul, o homem identificado pelas imagens possui extensa ficha policial no estado gaúcho, com passagens por roubos, inclusive com lesão corporal grave, furtos, demais lesões, homicídio, formação de quadrilha e outros crimes de menor gravidade. Já em Santa Catarina, o suspeito também acumulava antecedentes por crimes de ameaça, estelionato, lesões corporais e furtos.

Além da vasta lista de passagens pela polícia em ambos os estados, a polícia também descobriu que o suspeito tinha vendido o micro-ondas do professor para um morador da Cocal do Sul ainda no dia 10 de abril. Ao comprador, o homem disse que tinha recebido o eletrônico como pagamento por um serviço prestado. 

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– Importante citar que quando foi no dia 15, indagado por populares sobre a morte do professor Helio, o suspeito ficou branco e pálido, sendo que depois evadiu-se, não fazendo contato com mais ninguém – salientou o delegado. 

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Com todas as informações, no dia 21 de abril foi solicitada prisão temporária do suspeito, localizado e ouvido pela polícia nesta quarta-feira:

– Em interrogatório, ele disse que havia sido contratado por Helio para fazer serviços na residência, estipulando um valor e o prazo para conclusão do serviço de 7 dias. Ele terminou antes, cobrou o valor e Helio disse que não iria pagar o valor total. Segundo D., Helio disse para ele sair da casa em cinco segundos, caso contrário não iria mais sair.

Segundo versão do investigado, o professor teria acertado uma facada em sua mão, momento em que começaram uma briga e a vítima foi atingida no pescoço com facadas. Os objetos foram levados da casa posteriormente, para “levantar dinheiro para voltar ao RS”, conforme depoimento do autor. O inquérito está em fase de conclusão e a polícia vai pedir a preventiva do bandido.

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