O homem que matou o dentista Rafael Caranhato, de 24 anos, durante um roubo em Fraiburgo, no Meio-Oeste de Santa Catarina, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado a 30 anos de reclusão em regime fechado. O criminoso confessou ter matado e decepado um dedo da vítima para sacar dinheiro em setembro de 2022.

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A decisão da juíza Bruna Luiza Hoffmann, titular da 2ª Vara de Fraiburgo, considera que o roubo, seguido de morte, foi premeditado e que o homem não praticou legítima defesa, como ele alegou no julgamento. Isso foi provado pelo fato de a vítima ter ferimentos compatíveis com a tentativa de se defender das agressões.

A investigação policial aponta que o canivete utilizado no crime foi comprado pelo réu antes de encontrar o dentista no apartamento dele e que o primeiro golpe desferido contra a vítima foi no pescoço, sem dar chance para ele gritar por socorro.

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Em relato aos policiais, o acusado disse ter praticado o crime para reunir dinheiro e pagar uma dívida de R$ 20 mil. Durante o processo, ele comprovou a existência da dívida, mas a juíza não considerou que o latrocínio tenha acontecido por esse motivo.

“Nesse contexto, tenho que as provas produzidas confirmam os fatos narrados na denúncia, no sentido de que o réu ingressou no apartamento da vítima com evidente ânimo de subtrair seus bens e, para efetivar seu intento criminoso, ceifou a vida dela”, afirma a magistrada na sentença.

Relembre o caso

Na madrugada do dia 16 de setembro de 2022, Rafael Caranhato, de 24 anos, e o homem jantaram juntos e foram até o apartamento do dentista. A vítima já estava deitada quando foi surpreendida com um golpe de canivete no pescoço.

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Os dois entraram em luta corporal, e o acusado atingiu várias vezes o pescoço, rosto, tórax, abdômen, braço e mão do dentista, o que resultou na morte do rapaz. O criminoso ainda decepou o indicador do jovem para sacar, na manhã seguinte, R$ 2 mil da conta bancária do dentista.

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Ele usou o carro da vítima para fugir e levou, entre outras coisas, videogame, jogos, televisão, caixa de som, celular, assistente de voz, roupas, documentos, R$ 3,3 mil em espécie e instrumentos odontológicos avaliados em mais de R$ 31 mil.

O réu foi preso em flagrante na tarde daquele dia, em Ibirama, no Alto Vale do Itajaí, portando droga para consumo próprio. Por esse crime, foi condenado a prestar serviços à comunidade pelo período de quatro meses.