O homem que confessou o assassinato de Sônia Barbosa, a mãe de sua vizinha em Itapoá, no início de agosto, foi preso em Curitiba. A prisão ocorreu 48 dias depois do crime, mesmo que o homem tenha se apresentado à polícia depois de permanecer foragido por três dias. Na época, ele havia assumido o crime mas, como não foi preso em flagrante, não ficou detido. 

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Segundo o delegado Saul Bogoni Júnior, o inquérito foi concluído há algumas semanas. Agora, o mandado de prisão preventiva foi expedido pelo Poder Judiciário e a Polícia Civil de Santa Catarina foi até Curitiba para executar o mandado. O homem, que tem 47 anos e é militar da reserva, foi encaminhado para a prisão do exército pela Polícia Militar.

Ele é acusado de feminicídio contra Sônia Regina Barboza da Silva e de homicídio tentado e lesões corporais contra a filha dela, Évelyn Regina Martins. Os crimes ocorreram no bairro Palmeiras em 10 de agosto. Segundo a família, ao contrário do que foi divulgado inicialmente, o homem e Évelyn não tinham uma briga antiga. 

A discussão ocorreu no dia em que ele cometeu o assassinato, porque a filha contou à mãe que o homem jogava pedras na casa dela. Sônia foi questionar o motivo de ele cometer estas ações e recebeu, como resposta, que a jovem e o marido faziam muito barulho.

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— Isso era uma mentira. O marido da Évelyn é pedreiro e ficava o dia inteiro fora, trabalhando. Ela ficava em casa com o nenê. Eles são evangélicos, não são do tipo que faziam bagunça — defendeu o irmão de Sônia, Anderson Barbosa.

A jovem contou em depoimento que ela e a mãe haviam retornado da delegacia, onde haviam feito boletim de ocorrência contra o vizinho por ameaças. Quando retornaram para casa, ele invadiu a cozinha da casa dela e atirou contra Sônia. Depois, tentou atirar em Evelyn, mas a munição havia acabado. Por isso, agrediu a jovem com o cabo do revólver.

Casa do acusado foi incendiada em Itapoá

Em 11 de setembro, a casa do acusado pela morte de Sônia foi incendiada. De acordo com a polícia, ainda não há informações ou suspeitos de terem começado o fogo, apesar de trabalharem com a hipótese de incêndio criminoso. A Polícia Civil colheu o depoimento dele no dia da prisão e irá investigar o caso.