O homem acusado de matar a ex-namorada grávida em Lages, na Serra catarinense, foi condenado a 34 anos, quatro meses e 25 dias de reclusão pelos crimes de homicídio qualificado pelo feminicídio, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de aborto sem consentimento da gestante. O julgamento do Tribunal do Júri da comarca de Lages aconteceu nesta quarta-feira (4).

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O júri durou cerca de 12 horas e foi acompanhado por familiares da vítima, do réu, estudantes e advogados. Durante o interrogatório, o acusado confessou ter matado a ex-companheira e negou o conhecimento da gestação.

O crime ocorreu em 16 de junho de 2021, no apartamento da vítima, no centro da cidade. De acordo com a denúncia, o réu desferiu três disparos de arma de fogo, após agredir a vítima com chutes e socos, por ciúmes. Ele entrou sorrateiramente no apartamento da ex-namorada, com quem manteve um relacionamento de pouco mais de um ano. A jovem tinha 19 anos e estava grávida quando foi morta.

O Conselho de Sentença, formado por seis mulheres e um homem, reconheceu que o acusado praticou todos os crimes pelos quais foi denunciado. Eles ouviram nove testemunhas, sendo cinco de acusação e quatro de defesa, que falaram durante o julgamento. Assim como acompanharam o interrogatório do réu, que disse ter atirado contra a vítima com um revólver calibre 38, no apartamento onde ela morava. O crime provocou comoção na região.

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O homem foi condenado a 34 anos, quatro meses e 25 dias de reclusão, em regime fechado, e teve negado o direito de recorrer em liberdade. A sentença foi proferida pelo juízo da 1ª vara Criminal da comarca de Lages. Cabe recurso da decisão ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

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