O Tribunal do Juri da Capital catarinense condenou, nesta quinta-feira, um homem a 19 anos e 20 dias de reclusão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado. Em 30 de agosto de 2012, Thiago da Silva Flores colocou fogo na namorada Pâmela Sabrina da Silva Padilha, na época com 16 anos, após discussão em um apartamento no bairro Estreito, em Florianópolis.

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A jovem teve 40% do corpo queimado e morreu nove meses depois. O juiz que presidiu o júri decretou a prisão preventiva do réu, que não compareceu à sessão. No entendimento dos jurados, inconformado com o término de relacionamento, ele jogou álcool de cozinha no cabelo da vítima e depois ateou fogo.

Pâmela teve queimaduras em 40% do corpo, perdeu os movimentos do pescoço e ficou internada 70 dias no hospital. Em junho do ano seguinte, em um hospital especializado em Goiás, passou por uma cirurgia para descolar o queixo do peito. Cerca de 10 paradas cardíacas agravaram seu quadro de saúde e, no dia 28 de junho, Pâmela morreu.

Os jurados, formados por cinco mulheres e dois homens, entenderam que o crime foi qualificado por ter sido cometido por motivo torpe e com uso de meio cruel.

Acusado estava solto

Thiago nunca foi preso pelo crime. Como em um primeiro momento Pâmela sobreviveu ao ataque, a delegada responsável pelo caso na época, Ana Silva Ghisi, indiciou o acusado por lesão corporal gravíssima.

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— Como ele prestou depoimento, estava em local fixo, não entrou em contato com a vítima, se apresentou sempre que foi chamado, não foi pedida a prisão dele — explicou a delegada ao jornal Hora, na edição de 12 de julho de 2012. Thiago vivia com a família em Canoas (RS) quando a jovem morreu.

Após o julgamento desta quinta-feira, a Defensora Pública que fez a defesa do réu afirmou que vai recorrer da decisão, segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).