Um homem que agrediu e ateou fogo em uma mulher contratada em um site de acompanhantes foi condenado a 15 anos de prisão. O caso aconteceu na madrugada de 22 de janeiro de 2022 e um dos envolvidos do crime ainda está foragido. A vítima, de 21 anos, teve 30% do corpo queimado e ficou 54 dias internada na UTI.

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Conforme os autos, os acusados marcaram um encontro amoroso com a vítima, pela internet, e, após manterem relações sexuais com ela, teriam oferecido carona até a Praia do Rosa, em Imbituba. Durante o trajeto, no entanto, desviaram em direção a Estrada Geral Pagará, em Santo Amaro da Imperatriz, local onde ocorreu o crime.

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A dupla tirou a vítima do carro e a levou para o meio de um canavial, sem casas nas proximidades, e passou a agredi-la de forma violenta. Na sequência, conforme a denúncia, jogaram álcool no corpo da mulher e atearam fogo.

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Pensando que ela estava morta, os denunciados fugiram do local. No entanto, a vítima acordou e conseguiu ir até a rua pedir ajuda, sendo levada por moradores da região a um hospital da cidade. Apesar dos ferimentos, a mulher sobreviveu ao ataque, mas precisou passar por diversos procedimentos cirúrgicos.

Para o promotor de Justiça Murilo Rodrigues da Rosa, o crime foi praticado mediante dissimulação que induziu a vítima a ir de bom grado ao local onde tentaram matá-la, bem como por meio que dificultou a defesa dela, “considerando a disparidade de força dos agressores em relação à vítima e o modus operandi utilizado pelos denunciados que a impediu de chamar por socorro”.   

O conselho de sentença acolheu as teses do Ministério Público e condenou o réu por tentativa de homicídio qualificado por meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Ele deve cumprir a pena em regime, inicial, fechado.

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