O homem que foi preso em janeiro deste ano em Florianópolis, por estar com um fuzil AR-15, em casa, prestou depoimento no processo a que responde perante o Judiciário. A audiência foi realizada na quarta-feira (6), na 1ª Vara Criminal da Capital. Além dele, o juiz também ouviu cinco testemunhas, incluindo os dois policiais que efetuaram a prisão.

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O caso ganhou notoriedade depois que o homem foi solto durante a audiência de custódia. Na ocasião, a juíza Ana Luiza Schmidt Ramos argumentou que ele não apresentava perigo à sociedade e que, por isso, não fazia sentido a manutenção dele na cadeia. Além disso, ela determinou que a Polícia Militar explicasse o motivo de ele ter sido detido sem camisa.

Depois dessa soltura, ele foi preso e solto outras duas vezes, enquanto instâncias superiores analisavam o caso. Atualmente, ele permanece detido, em caráter preventivo.

Na audiência de quarta-feira, o juiz que conduz o caso atualmente, Marcelo Carlin, elogiou o trabalho dos policiais que prenderam o homem e retiraram o fuzil das ruas. A tomada dos depoimentos durou cerca de duas horas.

O réu chegou a chorar em determinado momento, quando um dos membros da escolta questionou o juiz sobre uma possível mudança de ala no presídio em que está preso. Isso porque o homem está ocupando uma cela em um local dominado por uma facção criminosa, mas nega participar desse grupo. Caso fosse transferido, ele poderia ocupar uma vaga em uma ala destinada a estupradores.

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O réu e a defesa pediram ao juiz para que não houvesse a transferência. O magistrado concordou com o pedido e orientou a escolta para que ele siga no mesmo local em que está atualmente.

No final da audiência, o juiz deu prazo de cinco dias para a defesa e para o Ministério Público apresentarem as alegações finais no processo. Este é um dos últimos passos da ação penal em primeira instância. Depois que os documentos forem apresentados, o juiz poderá definir a sentença em que poderá condenar ou absolver o réu.