O homem morto no início da tarde desta segunda-feira na Via Expressa, próximo ao Casep, em Blumenau, era Ed Carlos Antônio Cardoso, 37 anos, natural de Osasco (SP). Segundo o presidente da URB, Michael Raul Schneider, a vítima trabalhava na Companhia Urbanizadora de Blumenau (URB) e fazia a roçada do mato às margens da via.

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Ele era detento do Presídio Regional de Blumenau, onde cumpria pena por duas condenações de roubo, estava no regime semiaberto desde abril do ano passado e desde o dia 8 de março trabalhava com a equipe da URB. Segundo o presidente, nenhuma situação suspeita foi flagrada nos dias anteriores.

:: Corpo de homem baleado é encontrado na Via Expressa em Blumenau

O delegado da Divisão de Investigações Criminais (DIC) da Polícia Civil de Blumenau, Bruno Effori, afirma que ainda não há informações sobre suspeitos, mas que o crime seria uma vingança entre as facções criminosas PGC e PCC – a vítima seria ligada a esta última. Segundo ele, Ed Carlos foi executado à frente de testemunhas minutos antes de o corpo ser encontrado.

De acordo com a PM, o corpo foi encontrado por volta das 13h40min, com três marcas de tiro na região da cabeça e do pescoço. Ele estava com uniforme da URB. O presidente da companhia informa que algumas pessoas viram apenas dois suspeitos se aproximando da vítima. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

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URB tem 35 apenados na equipe de trabalho

Atualmente 35 apenados que tiveram progressão de pena trabalham durante o dia com a URB. Eles são pegos pela manhã no presídio por veículos da URB, trabalham durante o dia em serviços pela cidade e ao fim da tarde retornam à unidade prisional.

A supervisão deles é feita apenas por dois encarregados da própria URB. Segundo o diretor do Presídio Regional de Blumenau, Daniel de Sena, não há necessidade de escolta para presos que cumprem os requisitos – como cumprimento de 1/6 da pena – e conseguem a ordem judicial para trabalhar e passar para o regime semiaberto.