Moradores e vizinhos de um sobrado na rua Guanabara, na zona Sul de Joinville, acordaram assustados com um estrondo no início da madrugada desta sábado. O barulho aconteceu porque a laje superior da construção desabou. No local, moravam irmãos gêmeos. Um deles sofreu escoriações leves e outro não resistiu a gravidade dos ferimentos e morreu no local.
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Por volta da 1 hora deste sábado, os Bombeiros Voluntários foram acionados para atender a ocorrência. O irmão sobrevivente relatou aos bombeiros que os dois estavam na parte de dentro do imóvel, no piso superior, quando escutaram alguns estalados. Eles saíram de casa e se dirigiram à sacada para verificar a situação. Assim que chegaram do lado de fora, parte da laje desabou atingindo a dupla.
Um deles, identificado como André Luiz da Silva Andrade, de 36 anos, sofreu escoriações provocadas pelos ferros da construção. Muito abalado, ele foi medicado e encaminhado ao Pronto Atendimento (PA) Norte pelo Samu, mas passa bem. O outro irmão, Anderson Andrade, 36, foi atingido pelos escombros e ficou parcialmente soterrado. A vítima não resistiu a gravidade dos ferimentos e morreu ainda no local.
— As equipes verificaram o desabamento de uma residência de alvenaria, de dois pavimentos. A informação que tínhamos era de vítimas soterradas. As equipes começaram a trabalhar, com cautela, já que havia risco de partes da casa desabar, só então foi feita a retirada da vítima — contou o subcomandante dos bombeiros, Jackson Renato Seidel, em entrevista à NSCTV.
Os bombeiros trabalharam durante cerca de duas horas e foi necessário o apoio de uma retroescavadeira para retirar os entulhos e também de 17 bombeiros na ocorrência. Alguns vizinhos, que não quiseram ter a identidade revelada, informaram que o sobrado “aparentava estar em boas condições”.
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O engenheiro perito da Defesa Civil esteve no local para verificar a situação da edificação. De acordo com João Carlos Vieira Sobrinho, agente operacional do órgão, o especialista informou que o imóvel precisou ser interditado totalmente até segunda-feira, quando os uma equipe especializada em engenharia de estruturas e patologia de obras retorna para realizar as análises na casa. Ainda de acordo com Sobrinho, a laje inteira poderia estar comprometida por causa da umidade.
– O primeiro passo é essa perícia que o engenheiro irá fazer na segunda. Obviamente também será solicitado um laudo técnico pelo engenheiro responsável pela obra ou outro contratado pela família para ser mais preciso nesta avaliação – explica o agente.
Este laudo pericial irá identificar qual a causa do acidente e também confirmar se os moradores poderão retornar para o imóvel ou se a casa precisará ser demolida.