Após sete horas de júri, Guilherme Steffen foi condenado nesta segunda-feira (27) a 16 anos de prisão por matar a esposa Marisa Teófilo de Oliveira. O crime ocorreu no fim do ano passado em Gaspar, no Vale do Itajaí. Após uma discussão com o companheiro, a vítima recebeu vários golpes de faca, chegou a ser hospitalizada, enfrentou a falta de leito de UTI por causa da Covid-19 e faleceu dois dias após a agressão, assim que conseguiu uma vaga na unidade de terapia intensiva.

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Guilherme, de 25 anos, chegou a fugir depois de matar a mulher com quem estava há cerca de cinco meses. A Justiça expediu o mandado de prisão e ele acabou preso em janeiro de 2021, enquanto caminhava por uma rua de Brusque, cidade vizinha a qual cometeu o feminicídio. Desde então segue no Presídio Regional de Blumenau e não poderá recorrer da sentença em liberdade.

O advogado dele, Gilvan Galm, explica que o cliente foi orientado a decidir se quer recorrer da decisão ou não. A resposta deve ser dada quando a intimação da sentença chegar. 

Marisa ia completar 26 anos no mês em que foi morta. Ela tinha dois filhos, com seis e sete anos na época dos fatos. Na noite do crime, as crianças estavam com a avó. O pai delas morreu antes do caçula nascer.

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Relembre o caso

Na noite do crime, em 2 de dezembro, Marisa estava com o companheiro em casa, no bairro Santa Terezinha, quando a briga começou. Depois da meia-noite e alguns gritos, o homem pulou o muro e bateu à porta do vizinho, pedindo socorro porque a mulher havia sido esfaqueada. Com medo, o vizinho não atendeu. O mesmo aconteceu em uma segunda tentativa, em outro imóvel.

No terceiro, um casal saía para trabalhar de carro quando foi abordado por Marisa, ensanguentada, e o parceiro dela. Eles aceitaram a ajudar e, depois que Marisa entrou no automóvel, o suspeito sumiu. Foi neste momento que ela revelou que o autor das agressões era ele. Todo o relato foi dito pelas testemunhas em depoimento ao delegado Bruno Fernando.

Marisa recebeu os primeiros atendimentos no Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Gaspar, mas precisou ser transferida quando o quadro se agravou. Na falta de leito de UTI para pacientes sem Covid-19, ela aguardou por cerca de 24h por uma vaga. Horas depois, já no Hospital Santo Antônio, em Blumenau, ela não resistiu aos ferimentos e morreu.

*Colaborou Bianca Bertoli.

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