Um misto de adrenalina e incompreensão. Assim sentiram os quatro policiais, dois agentes de Polícia Civil e dois delegados, que estavam presentes na ação que ocorreu na tarde desta terça, na BR-101.

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De acordo com o delegado Rodolfo Farah, que estava na viatura descaracterizada da Polícia Civil, o caminhão com placas de Brusque jogou o veículo para cima do carro dos policiais, que segundo o delegado, estava com a sirene e o alerta ligado.

– Ele prensou a viatura contra a mureta da BR-101 – afirmou Farah.

O caminhão foi jogado ainda em outras duas oportunidades para cima do carro e em seguida, ele rodopiou. A batida deixou um dos agentes policiais feridos. Ele fraturou uma costela com o impacto e foi atendido no Pronto-Atendimento de Piçarras e passa bem.

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O motorista do caminhão não respeitou os pedidos de parada e os policias atiraram três vezes. Um dos tiros teria atingido uma das nádegas do homem, que foi encaminhado ao Hospital Municipal São José, em Joinville.

Segundo ainda o delegado Farah, o caso será investigado pela delegada Tânia Cristina Duarte Harada, que deve ouvir os envolvidos nos próximos dias.

– O tacógrafo do caminhão foi recolhido pela perícia e estaria vencido, a princípio. Solicitamos a perícia para verificar a dinâmica do crime e ainda vamos pedir as imagens das câmeras de monitoramento da Autopista Litoral Sul – observou ainda o delegado.

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O que diz o caminhoneiro

Ao sair do Hospital São José, o motorista relatou a sua versão do acidente. De acordo com Everaldo Schwambach, de 38 anos, ele tentou ultrapassar uma carreta que seguia na sua frente, por duas vezes.

Quando tentava fazer a primeira ultrapassagem, pela pista da esquerda, o Fiesta teria, ultrapassado o caminhão pela pista da direita. Na segunda tentativa de ultrapassagem, o caminhoneiro acabou fechando o carro dos policiais.

– Quando tentei voltar para a pista da esquerda eu despercebi o carro e dei uma fechada, mas logo voltei para a outra pista de novo – contou.

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Na sequencia, o motorista conta que ouviu o som de sirene, procurou a viatura pelo retrovisor, mas não imaginou que um carro comum seria uma viatura. A partir de então, teriam ocorrido os disparos do carro.

– Eu colei na carreta e dei espaço para eles passarem, e eles dão três tiros? Não puxei arma nenhuma, estava com as mãos no volante – argumentou em tom de indignação.

O motorista afirmou ainda ter recebido ameaças de um delegado que estaria dentro da viatura.