Uma estudante da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) relata que uma amiga de quarto teria sido vítima de uma tentativa de estupro na Moradia Estudantil nesta sexta-feira, por volta das 6h da manhã, enquanto dormia. O prédio fica no entorno da universidade, próximo ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

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De acordo com Leandro Luiz de Oliveira, diretor do Departamento de Segurança (DESEG) da UFSC, o ato não foi consumado:

– A vítima e outra colega conseguiram chamar a atenção e impedir o estupro – garante e acrescenta que o local conta com porteiro, vigilante e câmera de monitoramento.

Uma das estudantes da Moradia Estudantil postou o seguinte relato em uma rede social:

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Antes de mais nada, ACALMEM-SE!! NÃO FOMOS ESTUPRADAS!

Ocorreu que hoje, por volta das 7h da manhã, acordei com o barulho de uma chave na porta do quarto que divido com a Beatriz*. Achei que era a Beatriz* saindo pra aula, mas em seguida ouvi os gritos dela, perguntando quem era e me chamando. Quando levantei, a Beatriz* estava na porta, gritando com um cara alto, magro e de pele negra que estava saindo pelo corredor, na direção do elevador. A Beatriz* falou que ele entrou no nosso quarto, foi até a cama dela, acariciou ela e puxou seu lençol, nisso ela acordou e deu de cara com ele. Depois, a gente saiu correndo atrás do cara e pegamos ele lá na portaria. Ele foi levado pra delegacia da mulher e depôs dizendo que estava numa festa da UFSC e teria sido convidado por uma moça chamada Fabrícia a dormir a aqui na moradia, e disse que entrou no quarto errado. Porém, segundo o administrador da moradia, não existe nenhuma Fabrícia no prédio. O cara foi liberado da delegacia e vai ter que ir na audiência dia 1 de abril.

*O nome da envolvida foi alterado para preservar a identidade.

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Ainda segundo o diretor do DESEG, o autor da possível tentativa de estupro não vive na Moradia Estudantil, mas estava em uma festa de estudantes da universidade realizada próximo ao local.

Ele foi encaminhado à 6ª Delegacia de Polícia Civil, prestou depoimento e foi liberado na sequência, de acordo com Leandro. As envolvidas registraram Boletim de Ocorrência por volta das 7h da manhã.

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Até as 12h07min, a reportagem não conseguiu contato com o delegado responsável pelo caso.