A Polícia Civil deu novos detalhes sobre o caso do corpo encontrado enterrado embaixo de uma casa, em Herval d’Oeste, no Meio-Oeste catarinense, nesta semana. De acordo com a investigação, a vítima, identificada como Gilvan Nogueira da Silva, de 32 anos, foi morta a facadas, possivelmente na noite de 13 de agosto, por traficantes que o acusaram de ter furtado drogas e aparelhos celulares. A arma utilizada no crime já foi apreendida, segundo a polícia.
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O corpo foi encontrado por policiais da Delegacia de Investigação Criminal (DIC) de Joaçaba na última terça-feira (27). O Departamento Médico Legista da Polícia Científica conseguiu identificar a vítima através das impressões digitais.
Motivação do crime
A casa onde Gilvan foi morto fica no beco Bom Jesus, no bairro São Jorge, e, segundo a polícia, é conhecida por ser um ponto de venda de drogas. Testemunhas relataram durante a investigação que na noite do dia 13, policiais militares estiveram no local devido a denúncias de tráfico de drogas, mas não encontraram ninguém, porque os suspeitos que buscavam conseguiram fugir antes.
Como não havia mandado de busca, os policiais não revistaram a casa, mas encontraram um usuário de drogas que informou que os traficantes tinham fugido. Com a saída da polícia e o possível afastamento do usuário, o imóvel teria ficado aberto e Gilvan, supostamente, teria entrado e subtraído os aparelhos e entorpecentes.
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— Ao retornarem, os suspeitos perceberam a falta dos telefones e drogas. Inicialmente, acusaram um usuário [que foi no local comprar drogas] o que, na mira de um revólver, foi obrigado a cavar a própria cova, onde seria enterrado por ser o suspeito do furto, uma vez que havia ficado na casa, ou seja, não fugiu da polícia. Antes de cavar a cova, foi alvejado com golpes de faca. No entanto, na madrugada daquela noite, aparece na casa a vítima para comprar drogas, supostamente, querendo pagá-las com um dos telefone subtraídos na casa e acaba sendo morto por isso — explicou o delegado regional de Joaçaba, Gilmar Bonamigo, à frente das investigações.
Segundo o delegado, os ferimentos sofridos pelo usuário de drogas, que foi acusado pelo suspeitos em um primeiro momento pelo furto, não foram graves.
Dois suspeitos identificados
Um dos suspeitos de ter matado Gilvan e ocultado o corpo foi preso no último dia 21, por tráfico de drogas. No entanto, ele negou participação e disse à polícia que soube do crime por terceiros.
Um segundo suspeito encontra-se foragido. Segundo a polícia, ele é membro de uma facção e é considerado perigoso. Ele chegou a ser preso por porte de arma de fogo no dia 10 de junho deste ano, mas foi solto na audiência de custódia. Após isso, em nova data, conseguiu fugir de uma abordagem policial. Na ocasião, a polícia conseguiu apreender três armas e drogas.
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