Um jovem de 24 anos foi morto a tiros na manhã desta segunda-feira no Morro da Caixa, próximo ao Bairro Capoeiras, em Florianópolis. Alex Luis dos Passos chegava de uma viagem de carro com a família, por volta das 06h30min quando foi alvejado em frente a garagem de casa. Os pais, uma irmã e uma sobrinha de Alex presenciaram o crime. Dezenas de disparos foram realizados contra o rapaz, que possuía passagens pela Polícia por assalto e receptação.
Continua depois da publicidade
O delegado Ênio Matos, da Delegacia de Homicídios, disse que no mínimo duas armas foram utilizadas para matar Alex, uma pistola 380 e outra 9 mm:
– Encontramos 38 cápsulas no local. Por enquanto ainda não temos suspeitos, sabemos que eram quatro homens encapuzados – disse.
A poça de sangue ainda estava molhada às 10h, quando desolada a mãe do jovem, Jurema dos Passos, 56 anos, aguardava no quintal notícias do marido para saber quando o corpo do filho seria liberado pelo Instituto Médico Legal (IML). Ela conta que o filho mais novo já havia sido ameaçado pois tinha dívidas com traficantes, então imaginava que alguma hora poderia acontecer uma desgraça:
Continua depois da publicidade
– Por mais que a gente soubesse, não imaginamos que iriam entrar na nossa casa, já que moramos há muito tempo aqui e conhecemos todo mundo.
Jurema explica que há quase seis meses o filho não saía de casa, por medo das ameaças. No último fim de semana resolveu acompanhar os pais e uma irmã até Paulo Lopes, para visitar parentes e buscar a sobrinha de 12 anos. A família saiu cedo na madrugada desta segunda-feira para evitar o trânsito.
– Quando chegamos no portão, vimos que a porta estava aberta e tinha alguém dentro da casa. Dois homens vieram e mandaram a gente entrar e começaram a atirar no Alex e outros dois festavam na esquina. Só vimos ele caído no chão –
Continua depois da publicidade
No mesmo terreno existem mais duas outras casas, onde vivem outros filhos de Jurema com as famílias. Eles estavam dormindo no momento, acordaram com o barulho mas ficaram trancados por medo.
– É uma tristeza. Tenho cinco filhos, e o mais novo foi único que seguiu o caminho errado. Agora é esperar para enterrar – falou.