Um homem foi assassinado a tiros em frente ao Mercado Público de Florianópolis por volta das 11h30 desta sexta-feira. Conforme o relato de pessoas que passavam pelo local, Vilmar de Souza Junior, o Juninho, de 29 anos, estacionava a sua caminhonete quando um Vectra preto o trancou. Um dos dois ocupantes do carro desceu e atirou contra Juninho, que tentou fugir correndo, mas caiu, foi alcançado pelo assassino, levou mais tiros e morreu no local. Outros disparos atingiram carros próximos. A Polícia Militar (PM) e a Polícia Civil fazem buscas na região, mas ainda não encontraram os suspeitos.
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Segundo parentes de Vilmar, o jovem trabalhava na peixaria Souza, que é da família, no Mercado Público e não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. O delegado de homicídios da Capital, Ênio Matos, diz que a polícia já começou a investigar o caso. O diretor da Polícia Civil na Grande Florianópolis, Verdi Furlanetto, esteve na cena do crime e afirmou que esse tipo de ocorrência, em um local movimentado e à luz do dia, preocupa mais a polícia:
— A Polícia Civil já está empenhada com a equipe de homicídios para prender o quanto antes os envolvidos — contou Furlanetto.
Momentos de tensão no mercado
Os tiros que mataram Juninho assustaram quem estava na região do Mercado Público. Os disparos ocorreram do lado das mesas do Box 32. O Vectra em que o assassino fugiu em alta velocidade passou sobre o canteiro central da Avenida Paulo Fontes para atravessar a via e seguiu no sentido Sul da Ilha. Um rapaz que entrava no mercado viu a ação e disse que dois homens estavam dentro do carro. O caroneiro, que usava boné, foi quem desceu do veículo e atirou em Juninho.
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A mãe da vítima, Ana Lúcia de Souza, dona da peixaria, chegou ao local logo após a ocorrência. Outros familiares, muito consternados, também chegaram enquanto o Instituto Geral de Perícias (IGP) recolhia o corpo. A irmã do morto, advogada Iara de Souza, foi contida por amigos pois estava aos gritos ao descobrir que o irmão fora assassinado.
Acerto de contas é investigado pela polícia
Um acerto de contas que pode estar relacionado a outras mortes e crimes na Costeira do Pirajubaé é a hipótese inicial apurada por policiais civis da Delegacia de Homicídios para a execução de Juninho, conforme as primeiras informações apuradas pelo Diário Catarinense.
No dia 5 de julho do ano passado, Iara, irmã da vítima, teve o escritório atingido por cinco tiros em um atentado, na Costeira. Ela já foi advogada de Tiago Cordeiro, o Calcinha, 26 anos, assassinado a tiros em um posto de combustíveis na Costeira, em abril de 2015. Calcinha era gerente do tráfico de drogas e braço-direito do traficante Sérgio de Souza, o Neném da Costeira, considerado um dos maiores traficantes de Santa Catarina e que está preso em presídio federal.
Em razão do atentado no escritório, a advogada estava com medo e não foi mais vista no escritório nos dias seguintes, conforme informaram policiais civis da 2ª Delegacia de Polícia, no Saco dos Limões. Depois, os policiais tomaram o depoimento dela, mas não conseguiram avançar na autoria dos tiros.
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Carro é localizado na Costeira
No começo da tarde, a polícia localizou o carro usado pelos criminosos abandonado na Costeira. Policiais civis e militares estão no local, além do Instituto Geral de Perícias (IGP), informou o comandante do 4º Batalhão da PM, tenente-coronel Marcelo Pontes. Policiais fazem buscas pela região e também em morros do Maciço.