Um homem teve a mão e parte do antebraço direito arrancados por uma mordida de tubarão quando fazia snorkel na praia do Sueste, em Fernando de Noronha, no fim da tarde de segunda-feira.
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Um homem teve a mão e parte do antebraço direito arrancados por uma mordida de tubarão quando fazia snorkel na praia do Sueste, em Fernando de Noronha, no fim da tarde de segunda-feira.
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O acidente teria ocorrido por volta das 17h45min. A vítima é um turista do Paraná de 33 anos, segundo nota oficial divulgada pela administração da ilha. Ele foi levado para o Hospital São Lucas (o único da ilha), onde recebeu atendimento de emergência, com o apoio de um cirurgião, um ortopedista e um anestesia que também estavam no local à passeio. Sua condição de saúde era estável e ele foi transferido de manhã em uma UTI aérea para o Hospital da Restauração, no Recife.
A Baía do Sueste ficará interditada para banho nesta terça-feira. “O engenheiro de pesca Léo Veras obteve uma autorização especial para mergulhar no local hoje. O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade irá proceder investigação, convidando especialistas, pesquisadores de tubarões, para contribuírem no caso”, diz uma nota divulgada pela administração da ilha às 6h30.
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Suspeita-se de que a espécie envolvida no incidente seja um tubarão-tigre. Não há informações, por enquanto, sobre o que teria motivado o ataque – por exemplo, se o homem tentou interagir com o animal de alguma forma ou se foi atacado de surpresa.
O Sueste é uma praia conhecida por suas águas rasas e tranquilas, que atraem um grande número de tartarugas marinhas, e por isso é um local muito procurado pelos turistas. Acidentes com tubarões são extremamente raros em Fernando de Noronha (este talvez seja o primeiro ataque registrado), apesar do grande número de banhistas e mergulhadores que visitam a ilha regularmente. O tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier) é uma espécie particularmente mais agressiva.
– Para que se possa entender o incidente é fundamental reunir o máximo de detalhes possíveis, incluindo a profundidade e distância da praia onde ele ocorreu, hora do dia e condição da maré, situação da vítima (se sozinha ou acompanhada de mais pessoas) e seu comportamento na água. Conversei com diversos moradores da ilha e há pelo menos um relato de que o banhista teria chutado o animal, talvez inadvertidamente – disse o ambientalista José Truda Palazzo Jr., coordenador da campanha Divers for Sharks e um dos responsáveis pela criação do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, em 1988.
– O caso é raríssimo, inédito mesmo em Noronha. O melhor que se pode fazer nesse momento é estudar o incidente da forma mais detalhada possível para tentar entendê-lo – completou.
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