Uma morte provocada em circunstâncias ainda não esclarecidas é alvo de investigação da Polícia Civil desde o começo da noite de terça-feira na zona Sul de Joinville. O corpo de João Alfredo Rodrigues, de 55 anos, foi encontrado na banheira da casa dele pelos próprios familiares.

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Não havia marcas aparentes de agressão, apenas sinais de decomposição. É considerada a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) porque a caminhonete de João, uma Mitsubishi branca, não estava na garagem. Ele morava sozinho, em cima de um consultório odontológico na rua Adolfo da Veiga, no Boehmerwald.

A suspeita é de que João tenha sido morto ainda na segunda-feira, quando foi visto pela última vez. Ele trabalhava em uma revenda de automóveis no bairro Floresta, mas não apareceu para trabalhar desde segunda.

Desconfiado com o sumiço do pai, os filhos da vítima passaram a procurá-lo terça-feira à tarde. Primeiro, buscaram notícias em hospitais e delegacias. Depois, foram até a casa dele e decidiram arrombá-la.

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– Liguei no celular dele e dava como desligado. Não existia momento em que eu não encontrava meu pai. Ele sempre fazia contato, diariamente – conta Karine Rodrigues, 27 anos, uma das filhas de João, que era separado e tinha outras duas filhas e dois filhos.

Sem definição do que ocorreu

Familiares imaginaram que João pudesse estar na casa porque perceberam um ar-condicionado ligado. Com uma enxada, arrombaram a porta e tiveram acesso até o banheiro.

O delegado responsável pelo caso, Paulo Reis, esteve na casa da vítima durante os trabalhos da perícia. Conforme ele, apenas um quarto tinha vestígio de coisas reviradas, mas não há certeza se teriam sido mexidas por uma segunda pessoa.

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– Não temos como definir o que aconteceu. Precisamos inicialmente confirmar a causa da morte. Não há vestígios de agressão, mas dependemos da avaliação da perícia – diz.

Vizinhos não manifestaram à polícia qualquer movimentação estranha na casa que pudesse sinalizar um crime. Familiares e conhecidos descrevem João como um homem metódico, com horários definidos para as atividades e os momentos de lazer. Segundo vizinhos, nas folgas ele costumava jogar dominó e sinuca com amigos em um bar na frente de casa.