As redes sociais foram os meios utilizados por um rapaz de pouco mais de 20 anos para se comunicar com crianças e adolescentes, em Joinville. O perfil falso de uma menina era utilizado como porta de entrada para a conversa.

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Quando seduzia o menino – que encontrava aleatoriamente na internet – a falsa menina pedia para o garoto entrar em contato com um primo dela, que, por sua vez, possibilitaria um encontro entre os dois.

O primo era, na verdade, o próprio aliciador. Após conquistar a confiança dos meninos, ele passava a tratar de assuntos de cunho pornográfico. Além de trocar mensagens sexuais, o aliciador compartilhava vídeos e solicitava imagens íntimas das crianças.

O suspeito foi descoberto pela mãe de um menino de 10 anos. Ela encontrou uma conversa no perfil do Facebook do filho e registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Mulher, Criança, Adolescente e Idoso.

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Por meio da denúncia, a polícia identificou o suspeito e cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa dele, na manhã desta terça-feira. O suspeito também foi conduzido para a delegacia para prestar depoimento. Como não houve situação de flagrante e ele colaborou com a investigação, não foi expedido mandado de prisão.

Ainda assim, ele vai responder por aliciar e instigar crianças e adolescentes a se exporem pornograficamente. O inquérito deve ser concluído após os laudos da perícia ficarem prontos. A investigação também precisa identificar outras vítimas que podem ter sido aliciadas pelo criminoso.

O suspeito confessou o crime e disse se tratar de uma compulsão. Ele relatou que tem preferência por menores de idade e que precisa de tratamento psicológico. O caso também terá encaminhamento para a Secretaria de Saúde.

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A delegada que está conduzindo a investigação, Tânia Harada, faz um alerta aos pais sobre o acesso às redes sociais.

– Rede social não é apropriado para criança. É importante que os pais façam um monitoramento mais efetivo desse tipo de comunicação. Enquanto a mãe trabalhava, o menino ficava assistindo vídeos pornográficos e se expondo a esse tipo de situação. Poderia ter evoluído para algo pior (com contato físico) se não tivesse ocorrido a intervenção – destacou.