O júri popular condenou na tarde desta sexta-feira, em primeira instância, Jairo Cristiano Winhler, de 24 anos, a 15 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e surpresa).
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Jairo respondeu ao processo contra a morte de Enno Krüger, de 44 anos, em liberdade e, por isso, durante o recurso permanecerá solto. O réu não compareceu ao tribunal e, segundo a advogada de defesa, Regina Potapoff, o fato não foi uma estratégia e alegou motivo de saúde.
Regina disse que vai recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). A advogada tem oito dias para apresentar o recurso, caso contrário, será expedido um mandado de prisão contra Jairo.
– Acredito que o motivo torpe deveria ser desqualificado porque o meu cliente agiu com violenta emoção, em legítima defesa, por causa de racismo. Ele era descriminado por Enno, por seu jeito de se vestir e usar o cabelo, que era diferente dos outros frequentadores do salão -, alega.
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Enno era tesoureiro do Clube Centenário, no bairro Rio da Luz, local onde levou tiro de espingarda calibre 12, em 2009. O crime ocorreu depois de atritos gerados dentro do salão. O irmão da vítima, Adio Krüeger, de 57 anos, até hoje não se conforma com as circunstâncias da morte de Enno.
– Meu irmão morreu no dia 15 e o enterrei no dia 16, no meu aniversário. Hoje, no lugar de receber ele para comemorar minha data, vou até onde ele está enterrado -, lembra com tristeza.