Homem denuncia golpe após enviar fotos íntimas para “falsa adolescente” em SC

Um homem de São Joaquim, na Serra catarinense, foi vítima do “golpe dos nudes” após trocar mensagens e fotos íntimas pela internet. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou cinco pessoas como responsáveis por persuadir ele e outras vítimas a enviarem esse tipo de imagem para, depois, praticarem extorsão.

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Perfis falsos nas redes sociais seriam utilizados pelo grupo, composto por quatro homens e uma mulher, para ludibriar as vítimas. Depois da aproximação e troca de fotos, vinham as ameaças e extorsão.

Um morador de São Joaquim, um dos alvos do grupo, denunciou a prática, dando início as investigações. Ele relatou que chegou a depositar R$ 1,4 mil em uma conta bancária depois de ser informado que poderia ser preso, em dezembro de 2021. Isso porque ele teria enviado fotos íntimas para uma suposta adolescente, argumento usado pelos golpistas para extorsão.

Semanas depois, ele recebeu novas mensagens dos mesmos números, momento em que decidiu procurar os órgãos competentes e descobriu que havia caído em um golpe. A denúncia do MP aponta cinco envolvidos no esquema e os crimes de extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O líder do grupo está preso na Penitenciária de Charqueadas (RS), porém, de acordo com as informações levantadas, ele teria acesso a aparelhos celulares e ajuda da mãe, do irmão e de dois outros homens para aplicar o golpe.

Como funcionava o golpe dos nudes

O grupo utiliza perfis falsos na internet para se aproximar de vítimas em potencial, inicialmente em uma aproximação amigável, de uma mulher com interesse em se relacionar.

Em pouco tempo, a conversa ganhava um teor sexual, com os integrantes do grupo enviando imagens de uma jovem nua. Dessa forma, as vítimas eram ludibriadas a enviarem imagens íntimas.

Um novo contato era feito, porém dessa vez se passando pelos pais da jovem e afirmando que a falsa filha seria adolescente. Neste momento tinham início as ameaças de processo por estupro ou mandado de prisão por conta das fotos enviadas, se não fosse enviado um valor em dinheiro.

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