Um homem de 38 anos foi agredido por três lutadores de jiu-jítsu na noite deste domingo, após sair do Parque Vila Germânica na última noite da Oktoberfest. A agressão ocorreu no pátio de uma lanchonete na Rua Sete de Setembro. Segundo o relato da vítima, o agente de turismo e cervejeiro Maciel Veríssimo, o que seria um mal-entendido evoluiu para um caso de agressão violenta por parte dos três lutadores.
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Ele conta que saiu da Oktoberfest e telefonou para sua esposa, para que ela fosse buscá-lo. Ela pediu que Maciel comprasse um lanche para ela e a filha e os dois combinaram de se encontrar na lanchonete. Quando o cervejeiro chegou à lanchonete, o atendimento do balcão já estava fechado e ele se dirigiu à janela que atende os pedidos feitos diretamente do carro — drive-thru — e perguntou à atendente se seria possível fazer a compra e retirar o pedido depois que os carros que já estavam aguardando fossem atendidos. A funcionária da lanchonete respondeu que sim e fez a venda enquanto o próximo carro ainda não havia encostado na cabine.
Maciel relata que quando saiu do caixa um homem dentro de um carro preto teria perguntado “Está furando a fila, palhaço? Qual é a tua?”. Neste momento, Maciel diz que o homem sai do carro, segue em direção a ele e desfere um tapa no rosto que o derruba no chão:
— Isso é a parte mais importante, que eu estou correndo atrás das imagens, o momento que ele sai do carro, uma mulher até tenta segurar ele e eu falo “Pô, cara, é só falar com a mulher do caixa”, mas ele chegou e deu um tapa que me deixou com três dentes moles na boca e eu fui pro chão. Quando consegui me levantar, tinha um carro branco, que era uma Land Rover, e eu falei pro cara desse carro “Tu viu isso?”.
Com a movimentação, dois seguranças do estabelecimento aparecem e Maciel pede para acionarem a polícia. Enquanto um segurança pega um celular para fotografar, o cervejeiro resolve registrar a placa do carro do agressor com o próprio telefone, e quando se volta para o veículo novamente conta que três homens descem do carro e seguem em sua direção.
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— Os três vieram para cima de mim, empurraram o segurança para cima de mim, e o que eu fiz foi empurrar o segurança para cima deles de volta, e quando empurrei o segurança, empurrei ele (agressor) também, mas ele alega que eu dei dois tapas na cara dele — relata, contando que um dos três homens o imobilizou e o desacordou com um golpe conhecido como “mata-leão”. No mesmo momento, outro teria dado um soco em seu rosto, enquanto ele já estava caído.
Neste momento, um desconhecido que estava em outro carro desceu para ajudar Maciel e sua esposa chegou ao local com a filha dos dois. Ele conta que acordou atordoado. O socorro foi acionado e o cervejeiro foi encaminhado ao hospital, onde ficou 24 horas em observação. Ele teve duas fraturas no crânio na região da órbita ocular e uma no maxilar. O olho direito, atingido por um golpe, ele só conseguiu abrir nesta sexta-feira, cinco dias após a agressão, e diz que vai precisar consultar um oftalmologista para verificar se não houve danos à visão, assim como um odontólogo para avaliar a fratura no maxilar.
Registro do crime
Maciel conta que não conseguiu fazer o boletim de ocorrência e que o caso foi registrado pelos suspeitos em um termo circunstanciado (documento para crimes com menor potencial ofensivo) por lesão corporal leve. Ele e o advogado vão fazer uma denúncia diretamente ao Ministério Público, para que um inquérito seja instaurado e o caso seja investigado pela polícia e pela Justiça.