Genir Dannenhauer foi condenado a 78 anos e cinco meses de prisão por ter sido considerado mandante da tentativa de homicídio contra o pai, Valdir Dannenhauer, e do duplo homicídio triplamente qualificado contra Lisete Marilete Berner Lohmann e sua filha Stéfani Letícia Lohmann. O júri foi ontem mas a sentença só foi publicada na madrugada desta quinta-feira. Inicialmente a condenação foi de 81 anos mas a juíza Marciana Fabris constatou um erro material e reduziu a pena.
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Os crimes ocorreram no dia 30 de março de 2016, na linha Guaraipo, interior de Arabutã, na casa onde moravam as três vítimas. Eles estavam em casa quando houve um suposto assalto. Lisete e Stéfani foram mortas a tiros e Valdir também foi baleado, mas sobreviveu. Na fuga os autores levaram uma caminhonete da família, que foi abandonado no interior de Arabutã.
Na investigação a polícia indiciou o filho, Genir, como mandante do crime. O autor seria Nécio Mauro Hoch, 29 anos, acompanhado de um menor. Recentemente a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina aumentou a pena de Hoch, condenado inicialmente a 26 anos e três meses de reclusão, para 33 anos e dez meses de reclusão em regime fechado.
Isso que a pena poderia ser maior mas ele acabou sendo beneficiado pelo mecanismo de delação premiada. Segundo o Tribunal de Justiça Hoch recebeu R$ 10 mil de Genir, que tinha como motivação ter acesso à herança pois considerava que o pai, que no momento estava com outra família, estaria dilapidando o patrimônio da família anterior.
A polícia apurou que tanto o mandante, quanto o executante e o menor foram até a casa de Valdir, que no momento jogava cartas com a família.
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Eles invadiram a casa pela porta da garagem, amarraram Valdir e levaram Lisete e a filha para outro cômodo. Nisso Lisete teria reconhecido o adolescente e, na sequência, as duas foram assassinadas. Valdir também foi baleado. Mas conseguiu ser socorrido por um vizinho e sobreviveu.
O Tribunal do Júri considerou que Genoir foi coautor do duplo homicídio com a qualificadora de dificultar a defesa das vítimas. A pena também aumentou pois uma das vítimas era menor de 14 anos e o pai tinha mais de 60 anos. Além disso foi condenado por corrupção de menores e porte ilegal de arma.
A juíza Marciana Fabris fixou a prisão em regime inicial fechado e negou o direito do acusado de recorrer em liberdade.
Durante o júri a defesa argumentou que o réu não teria relação com a morte de Lisete e Stéfani, pois não estava na cena do crime. Um dos advogados de defesa, Eluan Schmidt, disse que está retornando a Florianópolis, onde tem escritório, e vai estudar recurso da decisão nos próximos dois dias.
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