Um empresário de 45 anos foi condenado a 40 anos de prisão em regime fechado por matar a ex-colega de trabalho, com quem chegou a ter um relacionamento, e a ex-sogra de um outro relacionamento.
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De acordo com familiares de Natana Mara dos Santos, uma das vítimas, que tinha 27 anos quando o crime ocorreu, no dia 28 de maio de 2018, o réu Ademir Dias não aceitava o fim do relacionamento. Eles se conheceram na empresa onde Natana trabalhava há 10 anos, como engenheira de segurança do trabalho. Ambos vinham de outro relacionamento. Mas após uma crise de ciúmes dele Natana resolveu terminar o namoro.
De acordo com a acusação o réu não aceitou o fim do relacionamento e passou a perseguir Natana em sua casa e na saída do trabalho. Ela até estava buscando outro emprego.
No dia 28 de maio ele teria abordado ela no caminho do trabalho e a levado para Nova Itaberaba, onde ele morava. Ela tentou fugir mas foi morta com sete tiros. Deixou um filho de seis anos, que atualmente vive com o pai, com quem teve um relacionamento anterior.
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Depois de matar Natana o homem foi até a casa da ex-sogra, mãe de uma mulher anterior do réu, Lourdes Maria Filippi Chiela, de 70 anos. Ele também atirou duas vezes contra ela, que veio a óbito. Ela tinha cinco filhos e cinco netos.
Familiares das duas vítimas colocaram cartazes nas proximidades do Fórum de Chapecó pedindo justiça.
A sessão do júri, presidida pelo juiz Jeferson Osvaldo Vieira, iniciou às 9h e terminou às 17h40. O promotor Felipe Schmidt atuou na acusação e a defesa vidou a cargo do defensor público Rodrigo Scarpelini Gonçalves de Freitas. Os sete jurados reconheceram as qualificadoras de feminicídio e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A pena também aumentou por ele ter efetuado tiro no rosto da vítima e ter deixado órfão de mãe um menino de seis anos. A pena foi de 24 anos pela morte de Natana e 16 anos pela morte de Lourdes.
O acusado, que estava preso desde o crime, disse não lembrar do ocorrido e pediu desculpas às duas famílias.
– Foi o maior erro da minha vida. Sei do imenso vazio que deixei no coração deles. Nunca mais serei a mesma pessoa – disse.
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Após o julgamento ele foi encaminhado ao Complexo Penitenciário de Chapecó, onde vai cumprir pena. Cabe recurso da decisão.