O homem acusado de matar três pessoas da mesma família há pouco mais de um ano em Alfredo Wagner, na Grande Florianópolis, foi condenado a 110 anos de prisão nesta quinta-feira (22) por triplo homicídio qualificado

Continua depois da publicidade

Depois de mais de 12h, o júri decidiu que Arno Cabral Filho, 44 anos, é responsável pelos assassinatos de pai, mãe e filho, ocorridos em 9 de agosto de 2019, na área rural da cidade. O réu estava preso desde o dia do crime e deve retornar ao presídio de Lages, na Serra de SC. A defesa vai recorrer da decisão. 

> Familiares e amigos pedem justiça por triplo homicídio em Alfredo Wagner; júri é nesta quinta

A sessão iniciou por volta das 8h, na Escola de Ensino Médio Valmir Marques Nunes, em Bom Retiro e encerrou às 22h. No júri popular foram ouvidas 11 testemunhas. As qualificadoras que aumentaram a sentença do condenado foram o motivo fútil — já que as mortes teriam sido motivadas por uma dívida que o denunciado tinha com a família —, meio cruel — pela forma como a família foi assassinada —, e por dificultar ou impossibilitar a defesa das vítimas. A defesa afirma que houve violações durante a sessão e, após verificar a ata, deve entrar com recurso. 

>> Mulher que teve familiares assassinados em Alfredo Wagner revela sonhos e áudio do irmão

Continua depois da publicidade

Relembre

Os assassinatos dos três familiares ocorreram entre o final da manhã e o início da tarde do dia 9 de agosto do ano passado. O filho do casal assassinado, Mateo Tuneu, tinha oito anos. Na ocasião, estava de uniforme escolar e aguardava o transporte que o levada à escola, quando foi surpreendido por golpe fatal. A mãe dele, Loraci Matthes, 50 anos, tinha sido assassinada na frente dele, minutos antes. Já o pai, Carlos Alberto Tuneu, 67, foi morto logo depois, à caminho de casa.

> Familiares e amigos pedem justiça por triplo homicídio em Alfredo Wagner

O crime teria sido motivado por causa de uma dívida entre o acusado e a família, envolvendo três cabeças de gado. Segundo informações Polícia Civil, responsável pela investigação, o suspeito teria ido ao sítio onde a família morava, na tentativa de eliminar os papéis assinados na noite anterior ao crime, onde reconhecia sua dívida com a família. Os policiais acreditam que a mulher resistiu para entregar os documentos, motivo porque foi atacada. Já o filho, morreu por ter testemunhado o assassinato.