O acusado de matar Luana Ritzen, de 22 anos, em abril de 2019, foi condenado a 30 anos de reclusão em regime fechado em Joinville. O júri popular realizado nesta quarta-feira (19) teve 6 horas de duração. A pena é a somatória de 10 anos e oito meses por tentativa de homicídio e 20 anos pelo homicídio.

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O promotor de Justiça, quem apontou as acusações, foi Marcelo Sebastião Netto de Campos. A reportagem tentou contato com o advogado de defesa do réu para saber se será interposto recurso quanto ao tempo da pena, mas não obteve retorno até o momento desta publicação.

Relembre o caso

Luana havia vivido um relacionamento com o acusado, que não aceitou o fim do namoro
Luana havia vivido um relacionamento com o acusado, que não aceitou o fim do namoro (Foto: arquivo pessoal)

Quando cometeu o crime, o réu estava em liberdade provisória com uso de tornozeleira eletrônica pelos crimes de ameaça e porte ilegal de armas. Além disso, ele também tinha antecedentes criminais por tentativa de homicídio e homicídio.

O crime ocorreu em 29 de abril, na Rua dos Portugueses, no bairro Vila Nova. Luana estava sentada na varanda de casa com a mãe quando Marcelo chegou. Eles discutiram e ele atirou contra a cabeça da ex-namorada. Se encaminhou para deixar o local, retornou, e fez mais dois disparos, que atingiram a mãe da jovem, Iliane Aparecida dos Santos, de 45 anos. Ela foi encaminhada para o Hospital São José pelo helicóptero da Polícia Militar e sobreviveu ao crime.

Depois do crime, o homem fugiu do local em um Fiat Palio na cor prata. Ele rompeu a tornozeleira eletrônica com uma faca por volta das 14h35, logo após o crime, e chegou a ser considerado foragido pela polícia por estar em "estado flagrancial" do ato. Fotos dele foram divulgadas para colaborar nas buscas e a prisão ocorreu um dia após o ataque, na casa da irmã do acusado.

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Segundo acusação do Ministério Público, o crime foi motivado pelo acusado porque ele não aceitava o fim do relacionamento. Ele será julgado por feminicídio, que é um crime de homicídio com um qualificador, já que ele tinha um relacionamento com a vítima, e por tentativa de homicídio contra a ex-sogra.

O caso de Luana foi um dos quatro casos de feminicídio em Joinville em 2019. Além dela, Andreia Messias da Luz, de 41 anos, foi morta pelo ex-marido em 18 de janeiro; a menina Helloyse Gabriele Francisco dos Santos, de um ano e 11 meses foi morta pelo padrasto em 20 de dezembro e a jovem Gabriella Custódio Silva, de 21 anos, foi morta pelo companheiro. O acusado pela morte de Gabriella irá a júri popular em 24 de março.

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