Mais de três anos se passaram, mas nesta quinta o assassinato da secretária Maria Regina Oliveira, de 40 anos, será lembrado no Tribunal do Júri de Joinville. O ex-companheiro dela, Marcelino José Santana, sentará no banco dos réus sob a acusação de ser o mandante de sua execução.

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Maria Regina levou tiros no rosto e no tórax antes de entrar no escritório de advocacia onde trabalhava, no bairro Bucarein, numa região central da cidade, em agosto de 2010. Apesar de ter sido socorrida ainda com vida, ela não resistiu aos disparos. O crime foi praticado à luz do dia, numa região movimentada.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Marcelino contratou o amigo e funcionário Arno Alfredo dos Passos Filho para atirar na mulher porque não aceitava o fim do relacionamento deles. Ambos foram presos em dezembro do ano passado e permanecem detidos.

Marcelino será julgado pelo crime de homicídio por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima. Arno só não enfrentará o mesmo julgamento nesta quinta porque recorreu da decisão, mas deve ser levado a júri no ano que vem.

A tese do MP é de que Marcelino premeditou a morte da ex-companheira, chegando a sair da cidade antes do crime para ter um álibi. Em depoimento, o delegado Adriano Bini, que conduzia as investigações, informou que interceptações telefônicas apontaram a presença de Arno próximo ao local do crime.

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A quebra dos dados das antenas de telefone também teriam indicado que Arno esteve seguindo Maria Regina antes do assassinato. À Justiça, Marcelino José Santana e Arno Alfredo dos Passos Filhos negaram as acusações da denúncia.

Marcelino indicou que estava em São Paulo no dia dos fatos e afirmou que não sabia do relacionamento de Maria Regina com outra pessoa. Arno afirmou que não fez os disparos e alegou que a polícia estaria tentando condenar Marcelino, induzindo uma testemunha protegida a reconhecê-lo como o atirador.