Curtir a noite de sábado com uma amiga e almoçar com a família no domingo de Páscoa eram os planos para o fim de semana da auxiliar de cozinha Juliana Maria Cidral, 32 anos. Mas o domingo terminou com seu próprio velório, na casa dos pais, onde seria o almoço. Juliana foi morta com um tiro que atravessou seu peito, na madrugada de sábado para domingo, na saída da boate Meet, na zona Norte de Joinville.

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Juliana era uma mãe dedicada, conta irmã da vítima

Ela foi uma das cinco vítimas de um homem que foi expulso da casa minutos antes pelos seguranças, porque se envolvera em uma briga. Segundo a Polícia Militar, ele voltou armado para o local e abriu fogo a esmo na entrada da boate. Os tiros atingiram Juliana, sua amiga Amanda Rodrigues Miranda, e outras três pessoas: Alexandre Matei Schmidt, Claudinei Aparecido Afonso e Rodrigo Fermiano.

Todos foram atendidos pelas equipes de paramédicos do Corpo de Bombeiros Voluntários e do Samu, ainda na calçada. Como trabalha na cozinha do Hospital Dona Helena, Juliana foi levada para lá. Mas morreu logo ao dar entrada no pronto socorro. Os outros foram levados para o Hospital Municipal São José.

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À polícia, testemunhas disseram que tudo começou com uma briga dentro do estabelecimento. Duas pessoas teriam sido retiradas pelos seguranças e uma delas ameaçou voltar com amigos.

Os disparos teriam sido feitos com uma pistola calibre nove milímetros. Cápsulas foram encontradas pelos peritos durante a madrugada. Na manhã de domingo, ainda havia marcas de tiros e roupas com sangue na calçada em frente à boate.

Vizinhos que ouviram os tiros e os gritos disseram que houve uma confusão também do lado de fora, com muita correria e pânico entre os frequentadores. Muitos correram para o estacionamento que fica ao lado do prédio. Outros, para se proteger, correram para a rua que fica atrás do mercado Angeloni Norte, ao lado do rio Cachoeira.

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Segundo a Polícia Militar, os tiros foram disparados por volta de 4h40, na rua João Pessoa, em frente à boate. A polícia não sabe informar se houve troca de tiros ou se o homem atirou sozinho.

O homem, segundo testemunhas, teria fugido do local em um Gol. A Polícia Civil informou que já tem pistas da identidade do autor dos disparos. Até o fechamento desta edição, ninguém havia sido preso ou se apresentado.

Uma equipe de investigadores esteve no local na tarde deste domingo. Eles já tiveram acesso ao circuito interno de câmeras da boate e devem pedir as imagens dos estabelecimentos vizinhos, principalmente do Angeloni.

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Duas vítimas do tiroteio em frente a boate de Joinville ainda estão internadas no hospital

OU OUTRO LADO

A reportagem de “A Notícia” tentou entrar em contato por telefone com o dono da casa noturna Meet, mas ele não atendeu o telefone nem retornou as ligações.

Também procurou quatro promoters da boate, mas nenhum deles quis falar em nome do estabelecimento. Segundo eles, os proprietários estavam à disposição da investigação da Polícia Civil e dando suporte para a família do segurança que foi atingido pelos tiros.

De acordo com eles, é provável que a empresa se manifeste oficialmente por meio de nota nesta segunda-feira.

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