Um livro sobre Adolf Hitler e o Terceiro Reich, escrito na Alemanha e traduzido recentemente para diferentes idiomas, revelou um vício ainda desconhecido sobre o alemão: drogas injetáveis. As informações são do g1.
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Segundo a leitura, Hitler era viciado em cocaína, heroína, morfina e metanfetamina. Todas aplicadas pelo seu médico particular, Theodore Morell. Documentos achados pelo autor, Norman Ohler, mostram que o político recebeu um total de 800 injeções durante um período de três anos.
– Um viciado consumado cujas veias estavam quase em colapso quando ele se retirou para o último de seus bunkers – escreveu Ohler.
O uso de drogas por Hitler teve três fases, segundo o que contou o autor à BBC.
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– A primeira ocorreu entre 1936 a 1941, quando Hitler tomava vitaminas e glicose. Em 1936, ele conhece Theodore Morell, que rapidamente se tornou o médico pessoal dele e foi peça-chave no uso de drogas de Hitler – disse o autor.
– Ele disse: ‘Posso dar-lhe injeções de vitaminas com as quais você se sentirá bem imediatamente e com as quais você nunca terá um resfriado. Hitler, portanto, vivia de injeções de vitaminas e glicose – continuou Ohler.
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A fase dois teve início no outono de 1941, quando a guerra contra a Rússia começou a dar errado.
– Hitler passou a tomar hormônios, esteróides e barbitúricos. Eles injetaram nele hormônios de animais, incluindo porcos, e pareceu funcionar – conta.
A terceira, e última, fase ocorreu em 1943 – período em que Hitler passou a usar drogas mais pesadas.
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– Em julho de 1943, [Hitler] teve um encontro decisivo com Mussolini, que queria deixar as Potências do Eixo. Hitler estava muito deprimido com isso – conta – Naquele dia, Morell [o médico] usou pela primeira vez uma droga chamada Eukodal, analgésico opióide semi-sintético, um primo farmacológico da heroína, mas que produzia um efeito eufórico muito mais potente – diz o autor.
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Para o historiador britânico Ian Kershaw, um dos maiores especialistas no assunto, as decisões de Hitler eram fora da realidade.
– O que ele estava fazendo era se afastar da realidade em momentos em que deveria ter percebido o quão ilusórias e irracionais eram suas ideias de vencer o mundo inteiro – disse.
Pervitin
A droga distribuída pelos nazistas às forças armadas, chamada de Pervitin e fabricada na Alemanha em 1937, era considerada um “composto mágico” pelos alemães e usada para melhorar a confiança e o desempenho dos soldados.
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No livro, Ohler fala sobre uma carta enviada da linha de frente na guerra por Heinrich Boll a seus pais, na qual implora que lhe enviem Pervitin, que seria a única arma com a qual poderia combater seu principal inimigo: o sono.
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