A Reserva Biológica Marinha (Rebio), da Ilha do Arvoredo, entre Florianópolis e Bombinhas, abriga espécies de animais raras ou ameaçadas de extinção. Mas nem sempre foi assim. Nas décadas de 1950 e 1960, a área da atual reserva era muito explorada. Com a caça submarina, eram capturados centenas de quilos, em um dia, de peixes mero e tubarões-mangonas.
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O assunto é tema de reportagem especial do DC neste domingo e traz a pôlemica sobre o futuro da reserva. A discussão voltou a ganhar fôlego no final do mês passado. Especialistas querem uma normatização que garanta a diversidade de espécies e questionam os impactos da visitação pública.
Em 1980, pesquisadores e os próprios mergulhadores começaram a despertar para a necessidade de preservar a região. Apesar da oficialização como reserva em 1990, a fiscalização pelos órgãos ambientais não conseguia coibir os infratores.
Em 1996, foi realizado, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), um Plano Emergencial de conservação da reserva mas, questões como a falta de recursos e a descontinuidade das ações de gestão dificultaram a implantação do plano.
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Pela exploração ilegal desordenada, em 1997, é assinado um termo de ajustamento de conduta, proposto pelo Ministério Público, com as operadoras de mergulho, Ibama e a Universidade do Vale do Itajaí. O objetivo era regulamentar as ações de mergulho e propor medidas educativas na região. A associação das operadoras começa a auxiliar na fiscalização na reserva.
A partir de 1997, começaram a se intensificar as pesquisas na região. Nessa época, foram colocadas algumas âncoras fixas no fundo, que seriam amarradas em boias e poderiam evitar o impacto de âncoras móveis no fundo da reserva.
O Plano de Manejo da reserva foi concluído em 2004, estabelecendo as zonas não podem receber visitação e as que suportam a pesquisa ou mesmo o mergulho para educação ambiental.
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