A histórica medalha presidencial da Bolívia, uma joia de ouro e esmeraldas que data da fundação da República em 1825, foi furtada em circunstâncias que ainda estão sendo investigadas – informou o Ministério da Defesa nesta quarta-feira (8).

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Na terça à noite, “a medalha presidencial foi subtraída em circunstâncias que ainda estão sendo investigadas”, afirmou o Ministério em um comunicado.

“No momento, procedeu-se à detenção do oficial encarregado de sua segurança e se abriu uma investigação (que inclui) os comandos da Casa Militar”, acrescentou o Ministério da Defesa.

O presidente boliviano, Evo Morales, ostentou os símbolos presidenciais – a medalha e uma faixa tricolor – em 6 de agosto, durante a celebração do 193º aniversário da independência nacional.

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Nesta quarta, porém, o presidente apareceu sem a medalha e a faixa, ao discursar durante um desfile militar pela fundação das Forças Armadas na cidade central de Cochabamba.

“É um golpe brutal para a República, para o Estado”, reagiu o ex-presidente Carlos Mesa.

A medalha presidencial foi um presente do Congresso à recém-criada república Bolívar (hoje Bolívia) a seu fundador, em 1825, e foi usada como medalha presidencial por Antonio José de Sucre, desde 1826.

Sua perda “equivale ao roubo da coroa da rainha Elizabeth II da Inglaterra”, explicou Mesa.

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Em geral, a joia fica protegida em um cofre de segurança do Banco Central, mas é, ocasionalmente, entregue à Presidência para atos oficiais.

Os “serviços de Inteligência e toda a institucionalidade do Estado foram postos à disposição da investigação para chegar aos culpados pelo furto no menor tempo possível”, acrescenta o comunicado do Ministério da Defesa.

* AFP