Não foi sempre que a televisão, que tem o poder de imagem, reinava absoluta. Há uns 30 anos, o rádio era o principal veículo de comunicação, principalmente no Interior. Lá pelos anos 70 e alguma coisa, o radialista Waldomiro Grundmann estava iniciando na profissão. Certa vez foi transmitir a inauguração de um ambulatório de saúde no interior de Timbó. A festa teria a presença do então governador Jorge Bornhausen. Às 9h, ele abriu a transmissão pela Rádio Cultura AM e, de praxe, a saudação inicial foi repleta de palavras de efeito para prender a atenção do ouvinte. Grundmann se empolgou tanto, que quando o helicóptero que trazia o governador se aproximava, disparou: “Você que está em casa saía para a rua, olhe na janela e acompanhe este momento histórico!!!”. O pai de Waldomiro, que mora em Benedito Novo, está até hoje sentado na varanda esperando o helicóptero passar. Esse é o Waldomiro!!! Na espera Alguns jogadores do Marcílio Dias perambulam pelas ruas de Itajaí esperançosos em receber os salários atrasados. Tem atleta que estaria sem ver a grana desde o término do Campeonato Estadual. Meu nome é trabalho Atenção, não é o clone de Osama bin Laden. Este é o cinegrafista da RBS TV de Blumenau, José Alberto Espercot. Aos 50 anos, ele ainda tem fôlego de sobra para acompanhar a correria dos Jasc. Apatia Quem lamenta e está triste com o derrota de Blumenau nos Jogos Abertos é o ex-presidente da Fundação de Desportos, Marcelo Greuel. Ele acompanhou de perto o desempenho das equipes em Itajaí e ficou surpreso em ver os atletas de cabeça baixa. Apatia Para Blumenau, perder Jogos Abertos é como colocar uma brasa quente na ferida. É questão de tradição passada de geração em geração, de cultura, uma questão social, de orgulho, de auto-estima. É preciso abrir urgentemente um fórum de discussão sobre o futuro do esporte de rendimento na cidade. É necessário o engajamento de todos os segmentos da sociedade. Não é justo lembrar dos atletas e das modalidades somente na semana da competição, perdendo ou ganhando. Galeria JOÃO CARLOS MABA foi disparado o melhor judoca que já pisou nos tatames dos Jogos Abertos de Santa Catarina. Para se ter um noção, ele venceu por 12 anos consecutivos as categorias de peso-pesado e peso-absoluto. Um atleta excepcional que jamais pode ser esquecido. Olho vivo ? Sem jeito: Fazia tanto tempo (40 anos), que Florianópolis não sabe nem como comemorar o título geral dos Jogos Abertos. ? Surpresa: Fica difícil entender como o basquete de Brusque, que tem os melhores jogadores do Estado (sem desmerecer Jaraguá do Sul), conseguiu perder o título dos Jasc. ? No finalzinho: Os pivôs Tchelo, que se transferiu para a Itália e Daniel, lesionado, fizeram falta ao futsal de Itajaí que sonhava com a medalha de ouro dos Jogos Abertos. ? Desabafo: “Obrigada a todos que nos ajudaram de graça e possibilitaram a conquista do título”. Da musa blumenauense do vôlei de praia, Izolde Neitzke.

Continua depois da publicidade