Geremias Estevão sempre foi conhecido por seu azar. Até suas filhas reclamam de como essa má sorte afeta a família toda, e um dos casos mais curiosos da vida do morador de Joinville virou assunto nacional neste domingo (12). A história, que aconteceu em 1990, quando Geremias tinha apenas 13 anos, foi contada no quadro “É Muita Coincidência!” do programa Fantástico.

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Na época, era moda ter carteiras com designs diferentes, quanto mais colorida, melhor. E o sonho do Geremias era justamente ter uma dessas. O curioso acontece quando, em uma manhã de sábado, a mãe de Geremias pediu que o filho fosse no mercado comprar um ingrediente que faltava para o almoço. 

Chegando no mercado, com o dinheiro contado no bolso, o menino passou por um bazar que, por coincidência, tinha a exata carteira que ele queria. Sabendo que não podia deixar de comprar o ingrediente que a mãe pediu, ele fez a compra e correu para casa. Como toda criança animada, Geremias importunou a mãe pedindo um dinheiro extra para comprar a carteira.

Carteira da moda em 1990
Carteira da moda em 1990 (Foto: Reprodução)

A ‘Dona Nei’, ocupada com o almoço, negou o pedido do filho. Geremias, sabendo que o mercado fechava ao meio-dia e desesperado para comprar a carteira dos sonhos, apelou. “Mas mãe, e se o mercado nunca mais abrir?” disse. Sabendo que era exagero, a mãe negou mais uma vez e o menino aceitou a derrota. 

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Depois do almoço, a Dona Nei cedeu e deu o dinheiro para o filho. No domingo, o menino já estava na frente do mercado 20 minutos antes do horário de abertura. Mais tempo passou e nada: nenhum funcionário chegando para trabalhar, nenhum caminhão de mercadorias, tudo parado. 

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Geremias achou estranho, mas resolveu voltar no dia seguinte. Por três dias seguidos ele foi até o mercado e encontrou as portas fechadas, até que no terceiro dia ele encontrou a porta do lugar entreaberta e, entrando para investigar, foi atendido por uma senhora que explicou que eles estavam fechados. Ao perguntar quando o mercado abriria novamente, ela disse: “Não, você não entendeu. O mercado nunca mais vai abrir!”

Por incrível que pareça, o Geremias estava certo! Por azar, o dia em que ele encontrou a carteira dos sonhos e sua mãe não lhe deu o dinheiro a tempo, era o último dia de funcionamento do mercado. E ele nunca mais achou a tal carteira em outra loja.

“No fim das contas, eu fiquei com o dinheiro, mas sem uma carteira pra guardar esse dinheiro. E assim acabou minha história.” conta Geremias.

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Geremias Estevão, em entrevista para o Fantástico
Geremias Estevão, em entrevista para o Fantástico (Foto: Fantástico / Reprodução)

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