Contradições ainda presentes nos depoimentos prestados sobre a morte do norte-americano Shane Gaspard, 42 anos, estão levando a polícia a descartar a hipótese de suicídio. Shane foi vítima de uma facada no peito na madrugada do Natal, na Praia Alegre, em Penha.
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Testemunhas disseram à polícia que ele se matou. O delegado Rodolfo Farah, que investiga o caso, conta que está ficando cada vez mais remota a possibilidade de suicídio. Mesmo assim, ele aguarda a conclusão do laudo pericial do local da morte para concluir se o norte-americano foi mesmo assassinado.
Uma série de testemunhas foi ouvida mais de uma vez pela polícia, entre elas a mulher do engenheiro, Ana Cristina da Silveira Gaspard, 39, que estava na casa onde o marido morreu.
– Tem muitas contradições no depoimento das testemunhas e as suspeitas de homicídio estão mais fortes – afirma o delegado.
Em contato com a reportagem do Sol Diário, o pai do norte-americano, Donald Gaspard, informou que o Departamento de Estado Americano investiga o caso. A família não tem dúvidas de que Shane foi assassinado e acredita ser apenas uma questão de tempo para os responsáveis serem presos agora que, segundo Donald, a polícia catarinense repassou informações ao departamento.
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O consulado americano no Brasil, porém, nega que o Departamento de Estado Americano tenha aberto uma investigação. Por meio de nota, o adido de imprensa do consulado, Rakesh Surampudi, informou que o caso está sendo acompanhado de perto.
– Esperamos que as autoridades brasileiras façam uma investigação abrangente. Nosso papel é facilitar o contato entre as autoridades competentes do Brasil e dos Estados Unidos – disse.
Rodolfo Farah diz que é o Departamento de Estado Americano que está auxiliando na investigação brasileira com informações sobre a vida de Shane Gaspard. Algumas das informações solicitadas são referentes às finanças do norte-americano. O delegado não informou se pediu as quebras de sigilo fiscal e telefônico do engenheiro.
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