Com uma noite dominada por rap e hip-hop, o Planeta Atlântida abriu sua 18ª edição sob o som de guitarras distorcidas. Depois de uma rápida esquete cômica com o pessoal do Pretinho Básico, o cantor Neto Fagundes fez a tradicional abertura cantando o Hino Rio-Grandense junto do guitarrista Rafa Schuler. A seguir, a Fresno, banda escalada para abrir o festival na Sede Campestre da Saba, mostrou que o céu instável – que não se decidia entre nublado e ensolarado – era a moldura perfeita para suas canções emotivas.
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O quarteto subiu ao palco às 18h para tocar seus principais hits. Abriram com a emblemática Quebre as Correntes, passaram por Maior que as Muralhas e Redenção. Emocionado, o vocalista Lucas Silveira resgatou Alguém que te Faz Sorrir dos primórdios da discografia da banda e tocou a recente Infinito, do disco de mesmo nome lançado no final do ano passado.
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Com a saída dos gaúchos, os paulistanos do Racionais MC’s subiram ao palco. Ao grupo original – Mano Brown, KL Jay, Ice Blue e Edi Rock -, somaram-se outros músicos da gravadora da banda, a Cosa Nostra. Sob o barulho de tiros, explosões e pneus cantando, a maior banda de rap brasileira abriu os trabalhos com a inédita Nova Função. Mas foi com a segunda música, Eu Sou 157, que o público se entregou e cantou todas as estrofes da faixa, retirada do disco Nada como um Dia Após o Outro Dia (2002).
O álbum – o último lançado pelos Racionais – foi a base do show. Dele, o grupo cantou ainda Negro Drama (provavelmente o momento mais aplaudido da apresentação), Expresso da Meia-Noite, Da Ponte pra Cá, Jesus Chorou e Vida Loka (partes 1 e 2). Do disco anterior, Sobrevivendo no Inferno (1997), tocaram Fórmula Mágica da Paz.
Se o show não agradou a quem gostaria de ouvir os clássicos noventistas, pelo menos serviu de avant-première do aguardado novo disco dos Racionais. Além de Nova Função, entraram no repertório do Planeta Mil Faces de Um Homem Leal (homenagem ao militante de esquerda Carlos Marighella), Cores e Valores e outras duas ainda sem nome. That’s My Way, música solo de Edi Rock com participação de Seu Jorge, também ganhou espaço.
Em seguida, foi a vez do Sorriso Maroto botar o público para sambar. Logo na abertura, os músicos apresentaram seu maior hit: Assim Você Mata o Papai, que arrastou gente de todos os cantos da Saba. Ironia ou não, o vocalista vestia uma camisa autografada dos Rolling Stones.
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Com a energia de muitos carnavais, Ivete Sangalo subiu ao palco para manter o ritmo de festa no Planeta. Nem o escorregão que sofreu logo no início da primeira música, No Brilho Desse Olhar, foi suficiente para derrubar o astral da baiana, que engatou em seguida Real Fantasia e Dalila. Na sequência, chamou ao palco um fã que dormiu na fila para comprar ingresso.
Depois de Ivete, foi a vez de Carlinhos Carneiro, da Bidê ou Balde, ir ao palco todo de branco para homenagear as vítimas da tragédia de Santa Maria cantando – e emocionando a todos com – Mesmo que Mude.
As atrações seguintes foram Planet Hemp, que voltou à sua formação após 10 anos de hiato, e fez um show empolgante, e o sertanejo Michel Teló. Este chamou de volta ao palco o Sorriso Maroto para a apresentação de É nóis fazer Parapapá. Teló também fez questão de tocar o hino do RS em memória aos envolvidos na tragédia da região central do Estado.
Os últimos a subirem no palco foram o pessoal do Sambô que, apesar do adiantado da hora, conseguiu levantar os que ainda permeneciam firmes e fortes de olho no palco central.
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