Enquanto os eufóricos seguidores de Donald Trump formavam, na madrugada desta quarta-feira, uma maré barulhenta na sede da campanha do candidato republicano, a festa acabou antes da hora na sede democrata, depois que o chefe de campanha de Hillary Clinton anunciou de surpresa que a candidata não falaria com seus simpatizantes.
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— Ainda estão contando votos, e cada voto conta. Não teremos nada a dizer nesta noite. Então ouçam-me: todos devem ir para casa agora, dormir. Teremos mais a dizer amanhã — declarou John Podesta.
Antes de receber a notícia inesperada, os ânimos já estavam abalados diante dos resultados ruins colhidos em alguns campos de batalha chave.
— É surreal — comentou uma funcionária do governo, que se identificou apenas com o nome de Margarita. “Nossas vidas não estarão seguras” se Trump se tornar o novo presidente do país, afirmou com pesar.
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Rodrigo Lopes: A tensão entre os eleitores de Hillary e a festa dos apoiadores de Trump
Evelyn Stengel reconheceu que o eleitorado democrata sabia de antemão que estas seriam eleições muito apertadas.
— Mas não tão apertadas — lamentou.
A declaração de Podesta teve um efeito imediato. As televisões mostraram os partidários de Hillary abandonando o local onde comemorariam a vitória da primeira mulher a chegar à Presidência dos Estados Unidos.
Anabel Evora não é religiosa, mas buscou alguma fé para que as projeções dessem boas notícias ao campo democrata.
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— Precisamos de um milagre. Estou triste. Estou prestes a chorar — reconheceu.