A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, disse nesta segunda-feira, em Lima, que assumirá a responsabilidade pelas falhas na segurança que permitiram o ataque ao consulado dos Estados Unidos em Benghazi, no qual morreram quatro funcionários, incluindo o embaixador dos EUA na Líbia, Christopher Stevens, no dia 11 de setembro.
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– Assumo a responsabilidade. Estou à frente do departamento de Estado, de seus 60 mil funcionários, de outras 275 representações diplomáticas no restante do mundo – afirmou Clinton às redes de televisão CNN e Fox durante visita à capital peruana.
Na quarta-feira passada, dois ex-responsáveis de segurança em instalações diplomáticas americanas na Líbia admitiram que o nível de proteção no consulado de Benghazi era insuficiente antes do ataque do dia 11 de setembro. O ex-responsável de segurança na Líbia para o departamento de Estado Eric Nordstrom revelou ao Comitê de Supervisão e Reforma Governamental da Câmara de Representantes que “no lugar de receber os recursos que pedia, fui criticado e me disseram para fazer o possível com os meios existentes”.
O funcionário contou que pediu a seu superior mais uma dezena de agentes de segurança para a Líbia, “porque acreditava que os talibãs estavam por lá”, mas a solicitação foi negada. Em 16 de setembro, cinco dias após o ataque, a diplomata americana nas Nações Unidas, Susan Rice, afirmou que o ataque em Benghazi não era “organizado ou premeditado”, e sim resultado de uma aglomeração “espontânea” surgida contra o filme “A Inocência dos Muçulmanos”. Posteriormente, o departamento de Estado admitiu que o ataque contra o consulado em Benghazi não teve ligação com o filme produzido nos Estados Unidos crítico ao Islã, e que há investigações em curso sobre o envolvimento da Al-Qaeda do Norte da África.
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