O Hezbollah libanês, grupo xiita apoiado pelo Irã, enviou mais tropas de elite à cidade estratégica síria de Quseir, numa intervenção militar direta que tem provocado preocupação nos Estados Unidos e leva a União Europeia a estudar a inclusão de seu braço armado na lista de organizações terroristas. Segundo uma fonte dos serviços de segurança sírios, violentos confrontos estão acontecendo no norte de Quseir, onde se concentram a maior parte dos insurgentes.
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– Pelo menos 31 combatentes do Hezbollah morreram desde domingo, assim como 68 rebeldes – afirmou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Quatro civis, incluindo três mulheres, também morreram. A televisão do Hezbollah exibiu imagens de centenas de pessoas nos funerais, segunda-feira, de cinco membros do movimento xiita “que cumpriram com o dever da jihad (guerra contra os infiéis)“. A emissora não informou o local das mortes.
De acordo com Abdel Rahman, os rebeldes morreram em sua maioria nos bombardeios, enquanto uma fonte ligada ao movimento xiita revelou à AFP que a maioria das baixas foi provocada por bombas camufladas deixadas pelos rebeldes para conter o avanço do Hezbollah. Esta fonte afirmou que novas tropas foram enviadas para combater em Quseir.
Frente a esta situação, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou um apelo pela proteção dos milhares de civis, muitos deles crianças, nesta cidade.
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– A situação é desesperadora. Quais as principais necessidades? Que sejam protegidos – declarou um porta-voz da Unicef, Marixie Mercado, em uma coletiva de imprensa.