O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, ameaçou nesta sexta-feira o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) com uma ofensiva “decisiva” contra suas posições nos dois lados da fronteira entre Líbano e Síria, dias após expulsar o antigo braço sírio da Al-Qaeda da região.

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O poderoso partido xiita libanês, que combate na Síria ao lado do regime de Bashar al Assad, deu ao EI alguns dias para iniciar negociações e revelar o paradeiro de nove soldados libaneses sequestrados pelo grupo jihadista em 2014.

Nestes últimos anos, grupos jihadistas sunitas procedentes da Síria se instalaram na zona montanhosa do leste do Líbano.

“Acabar com a presença do EI é do interesse do Líbano e da Síria (…)”, afirmou Hassan Nasrallah em discurso transmitido pelo canal de TV do Hezbollah.

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Segundo Nasrallah, a batalha será coordenada com o Exército libanês, que “conduzirá o combate no território” do Líbano e ao mesmo tempo “se lançará no combate contra o EI na Síria”.

“Se a frente for aberta em ambos os lados, a vitória será mais rápida e o custo menos elevado para todo mundo”, afirmou Nasrallah.

O Exército libanês não comentou as declarações.

O EI controlaria uma zona de 296 km2 entre o leste do Líbano e a Síria, sendo 141 km2 no território libanês, segundo o líder do Hezbollah.

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Dirigindo-se aos jihadistas, Nasrallah previu “uma batalha condenada ao fracasso” se o EI optar pelo confronto armado.

O Hezbollah lançou em 21 de julho uma operação contra os combatentes do grupo jihadista sunita Fateh al Sham (ex-braço sírio da Al-Qaeda) na região de fronteira de Yurud Aarsal.

Na semana passada, um acordo de cessar-fogo acabou com esta ofensiva e os jihadistas libertaram cinco combatentes do Hezbollah.

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* AFP