Às vésperas de mais um jogo decisivo na história do Marcílio Dias, um filme passa na cabeça de todo jogador profissional acostumado a momentos como este. Mas para o atacante Leandro Branco, as cenas têm ares de déjà-vu. No dia 17 de novembro de 2010, ele foi autor de dois gols na vitória por 3 a 2 sobre o 15 de Outubro e que garantiu o time na primeira divisão do Campeonato Catarinense de 2011 com uma rodada de antecedência.
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Dificilmente ele deve repetir a cena, já que não vem sendo titular, mas espera que a experiência com a camisa Rubro-anil possa ajudar os colegas. A partida, aliás, estava marcada para este domingo, mas foi adiada para segunda-feira, às 20h30min, por causa da previsão de fortes chuvas para o fim de semana.
– Já tem 10 anos que joguei aqui pela primeira vez. O pessoal sabe disso e quando chegaram vieram me pedir como era. Eu disse e continuo dizendo que somos um clube de camisa e com uma bela torcida, que não merece estar na segunda divisão – conta Leandro.
A situação de três anos atrás era parecida com a atual. Na época, até mesmo um empate classificaria o Marcílio Dias com uma rodada de antecedência. A principal diferença é que o jogo foi fora de casa. Agora, o clube itajaiense pode conquistar o feito diante da torcida. Leandro lembra também que, em 2010, o 15 de Outubro não tinha perdido nenhum jogo em casa na competição.
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– Tomamos um gol bem no começo do jogo, mas conseguimos empatar. Só que eles fizeram o segundo e só conseguimos a virada nos acréscimos. Foi um belo jogo, inesquecível para nós atletas e também para os torcedores – comenta Leandro.
Como foi a partida
O jogo no acanhado estádio de Indaial foi em uma quarta-feira à noite e o time da casa saiu na frente no placar, logo aos quatro minutos, com Sidiclei de pênalti. A estrela de Leandro Branco começou a brilhar logo depois, quando ele aproveitou cruzamento de William e deixou tudo igual. Só que aos 18 minutos, o 15 de Indaial voltou a ficar na frente, desta vez com Jean.
A partir daí, foi um massacre rubro-anil. Um empate garantiria o time na Divisão Principal do ano seguinte, mas o gol insistia em não sair. Somente aos 44 minutos do segundo tempo é que Leandro Branco conseguiu o empate. Ele lembra como foi o lance.
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– Na hora dos escanteios, eu geralmente ficava no segundo pau. Só que nesse lance eu resolvi ir para o primeiro e consegui desviar para o gol – lembra o jogador.
Depois disso, em um lance inesperado, Rincón (que também está no grupo atual) roubou a bola e partiu para a linha de fundo, tocando para Zé Neto virar o jogo e carimbar de vez a classificação.
Na época, o Marinheiro era treinado por Gelson Silva e foi a campo com Márcio Kessler; Willian, Flávio Luiz e Rodrigo Fagundes; Sidiclei (Zé Neto), Hédipo, Gilberto, Rodrigo Couto e Maicon (Felipe Oliveira); Leandro Branco e Dioney (Rincón).
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