Na adrenalina da comemoração de um dos gols mais importantes da carreira, Renan Oliveira, 25 anos, esqueceu de um detalhe. O meia do Avaí, herói na vitória por 1 a 0 sobre o Figueirense, na quarta-feira, deixou passar a aguardada oportunidade de homenagear o segundo filho Cauã, que deve nascer em dezembro. Será o irmão mais novo da menina Yasmin, que tem nove anos.

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Um dia depois da vitória no clássico, ele tem moral para pedir perdão à esposa Juliana, 31.

– Não sei ainda se aceito o pedido de desculpas. Vou pensar. Talvez ele tenha que fazer mais gols para se redimir – brinca Juliana.

– No calor do jogo, não saiu (a comemoração). Mas espero que outra oportunidade apareça – justifica-se o meia.

Após poucas horas dormidas entre a vitória no clássico e a manhã desta quinta-feira, Renan Oliveira não tem só preocupação em se explicar em casa. Calmo, apesar do cansaço, e satisfeito pela reviravolta na própria trajetória no Avaí, ele quer deixar para trás o momento de críticas, em especial da torcida.

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Regularidade é a palavra de ordem a partir de agora. Tudo para virar titular de vez. Nem mesmo a escalação ao lado de Marquinhos, no meio-campo, é descartada. Confira a seguir um bate-papo com o herói avaiano do clássico.

O que mudou para você depois da noite de quarta-feira?

Renan Oliveira – É uma felicidade fazer um gol importante. Ajudar o time a vencer. A confiança do torcedor comigo vai aumentar. Eles vão nos apoiar mais contra o São Paulo. O que muda é isso, o apoio.

Ser o herói da vitória em clássico é uma novidade?

Renan – Eu já havia feito gols em clássicos por Goiás, Coritiba e Vitória, mas nunca em um que tivesse acabado 1 a 0, e com gol meu. Sinto a adrenalina até agora. A emoção é grande. Eu vinha procurando este gol há muitos jogos.

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Qual é a história por trás da comemoração do gol?

Renan – Eu tinha tudo em mente caso fizesse um gol. Ia comemorar pelo filhão que vai nascer (Cauã). Mas no calor do jogo, não saiu. Espero ter outra chance de fazer a homenagem logo.

Quando e como você soube que jogaria contra o Figueirense?

Renan – Um dia depois do jogo contra o Goiás (vitória por 2 a 1, no domingo). O Kleina (técnico do Avaí) me chamou e me deu confiança. Disse que ia me colocar aberto pelo lado do campo, posição em que gosto de jogar. Acabou dando certo.

Você prefere jogar pelos lados, então.

Renan – É a posição que gosto. Até nas partidas em casa, em que o Marquinhos joga pelo meio, eu poderia jogar assim (aberto) e ajudar ele. Atuei assim no Goiás, foi o melhor momento da minha carreira (entre 2012 e 2013).

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Como foi lidar com o período de críticas no Avaí?

Renan – Sempre tive a confiança do treinador e dos companheiros. Nunca desacreditei. Sabia que o momento ia mudar. Procurei absorver as críticas e estava preparado para que isso pudesse acontecer.

O Avaí vai permanecer na Série A?

Renan – A tendência é de o time subir cada vez mais. A gente sabe que a situação é complicada, mas duas vitórias seguidas dão tranquilidade para sair da pressão. E precisamos do apoio do torcedor.