Aos quatro minutos do segundo tempo, Capa iniciou a jogada pela esquerda e tocou para o camisa 9 que se projetava entre os zagueiros para dentro da grande área. Ele dominou com o pé esquerdo, atrasou a passada e desferiu o chute de canhota para garantir a vitória por 1 a 0 sobre o Londrina, que encaminhou o acesso à elite do futebol Brasileiro. Esse “filme”, que o torcedor deseja ver sábado, às 16h30min, quando o Leão recebe o time paranaense, passou.

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Há dois anos, Diego Jardel carimbou o passaporte azurra à Série A e agora, mesmo morando Catar, ele espera que o resultado seja o mesmo. Foi em 19 de novembro de 2016 que o meia marcou o gol mais importante da carreira. Hoje, aos 28 anos, ainda tem fresca na memória a sensação de ser herói de um dos maiores clubes do futebol catarinense. O lance traz alegria para o jogador e inspiração à equipe, que, se vencer o Tubarão, ficará perto de outro acesso.

– Sem dúvida nenhuma, esse gol foi um dos mais importantes da minha carreira. Até pela importância do jogo para as duas equipes. O Londrina estava próximo da gente. Era a última ficha deles. Nós dependíamos apenas das nossas forças. Foi marcante e é um dia que ficará marcado para o resto da minha vida. Mas é lógico que não fiz nada sozinho. O grupo todo fez uma excelente competição – destaca.

A única diferença daquele para este jogo é a rodada em que acontece a partida. Em 2016, o embate foi na 37ª e agora é na 34ª. Fora isso, as coincidência são grandes. No turno, o Leão levou a melhor, tanto no passado quanto no presente. A distância, tanto lá quanto agora, é de cinco pontos entre os times, com o Avaí na vice-liderança e os paranaenses em sétimo lugar. Até o grupo azurra não está tão mudado. Cinco jogadores que venceram o Londrina podem estar em campo de novo: Betão, Capa, Judson, Marquinhos e Renato (única dúvida).

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– Aquele grupo foi um dos melhores que eu trabalhei no futebol, pela força de vontade e perseverança. No início do campeonato estávamos mal e taxados como um dos piores times do Avaí na história. Nos unimos de maneira impressionante, um ajudando o outro e brigando pelo outro, esquecendo as coisas fora de campo. E o resultado foi esse. A gente sabia da nossa capacidade e qualidade. Esse grupo, o “time de monstrão” como ficou conhecido, marcou época com a camisa do Avaí – recorda Jardel.

Vida no Catar e torcida pelo Leão

Desde a metade do ano passado jogando no Al-Arabi, do Catar, o meio-campista agora se declara um “torcedor fanático” do Avaí. Com propriedade de quem conhece os atalhos da Série B (conseguiu o acesso com o Leão – em 2014 e 2016 – e com o Botafogo, em 2015), ele vê o grupo no caminho certo para atingir o objetivo no fim da temporada.

– A minha torcida está gigante para que o clube concretize o acesso. Tenho certeza que a torcida vai lotar a Ressacada e empurrar nosso Leão da Ilha para mais uma vitória, ficando a um passo de conquistar o sonhado acesso. O time está em boas mãos e no final do ano iremos comemorar – prevê o herói azul.

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