O grupo dos 18 herdeiros que receberão parte da fortuna do empresário norte-americano Odd N. “Bud” Oddsen Jr é formado por profissionais de áreas como Tecnologia da Informação, Engenharia, Administração de Empresas. A idade média é de 30 a 40 anos. Bud morreu no dia 19 de junho em Nova York, vítima de um ataque cardíaco.

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>> Leia o que o DC já publicou sobre Odd N. “Bud” Oddsen, Jr

Um dos 18 aceitou conversar com o Diário Catarinense. O homem tem 33 anos e em maio esteve com Odd N. Bud Oddsen Jr, quando pela última vez o americano visitou Florianópolis. Na entrevista pediu para não ser identificado e discordou dos valores divulgados. Conforme ele, Bud tinha 40% da empresa, sendo que 90% foi destinado à irmã. Os 10% restantes serão divididos entre os 18. O cálculo da bolada é modesto, cerca de 10 mil dólares para cada um.

A Innovative Office Products (IOP), líder na fabricação de braços articulados para hospitais, robôs espaciais da Nasa e sustentação de monitores, localiza-se em Nova York. Ali, o filho do falecido Odd N. e Bette Oddsen, tinha uma casa. Bud deixou duas irmãs, Ronda Ross e Kris Cordeiro, e duas meias-irmãs, Kathy Moyer e Debbie Allen tanto, além da madrasta, Wendy Oddsen.

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A herança inesperada é vista pelos catarinenses como mais um gesto de generosidade do empresário americano que deu oportunidades de crescimento profissional para muitas pessoas, inclusive brasileiros de outros Estados. Além dos estágios aos jovens recém formados, em suas vindas Bud experimentou dividir um pouco de seu dinheiro com crianças pobres: era padrinho de cinco menores abrigados em uma instituição da Capital.

– Apesar da Innovative Office Products (IOP) ser uma empresa que opera no verde, os valores ainda dependem de uma avalição pelo inventariante para chegar aos créditos e dívidas. Nenhum de nós ficará rico, a não ser a irmã do Bud – conta.

Bastante próximo de Bud e conhecedor da realidade financeira da empresa, o florianopolitano calcula os valores.

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– Penso que cada um de nós receberá em torno de US$ 10 mil, o suficiente para reunir o grupo em uma viagem e fazer um brinde em memória do nosso amigo -disse.

O entrevistado justificou o receio dos herdeiros em falar publicamente sobre o caso: a distorção dos números e a preservação da memória do amigo, que os conquistou pela forma acolhedora com que recebia as pessoas. Além de abrir as portas da sua empresa, Bud costumava hospedar brasileiros em sua casa, em Nova York.

Para ele, ao dividir parte da fortuna com os catarinenses, sejam de famílias abastadas, o empresário deu mais uma lição:

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– Bud não via na gente a pessoa como rica ou pobre, mas sim com possibilidades de dar uma oportunidade a e elas, especialmente aos jovens que começavam na profissão-observou.

O entrevistado discorda de que somente jovens de famílias bem sucedidas economicamente tenham sido privilegiadas, o que somente aumentaria a riqueza de alguns. Contou que no grupo existem pessoas de diferentes classes sociais, e que alguns dos 18 não vivem mais em Florianópolis:

– Temos profissionais que souberam aproveitar as oportunidades e hoje estão trabalhando nos Estados Unidos e em outras regiões do país, o que não é o meu caso, que continuo aqui -relatou.

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