Henrique Pizzolatto foi preso nesta quinta-feira na Itália. O Ministério do Interior italiano emitiu a ordem de prisão logo após a decisão da Corte de Cassação de Roma, que julgou pela sua extradição para o Brasil, informa o jornal Folha de S. Paulo. A polícia teria chegado a considerar o catarinense como foragido, já que não estava na residência que tinha informado à Justiça após ser posto em liberdade. Quase uma hora depois, ele se apresentou ao quartel de polícia de Maranelo. Ele residia na região de Módena, norte da Itália, cerca de 25 km distante do local em que se entregou.
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Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão no julgamento do Mensalão. Mas há um ano e cinco meses fugiu do País com um passaporte falso e declarou que confiava que a Justiça italiana não faria um processo político contra ele, como acusa a Justiça brasileira de ter feito.
Ele foi preso no país ao ser localizado na cidade de Maranello, na casa de um parente, em setembro de 2014.
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No primeiro julgamento que passou na Itália, a Corte de Bolonha negou sua extradição argumentando que as prisões brasileiras não teriam condições de recebê-lo. Ao sair da prisão, declarou que havia fugido para “salvar sua vida”.
Para reverter a decisão, o que aconteceu na última quarta-feira, os advogados contratados pelo Brasil investiram esforços na tese de que a Itália não poderia generalizar a condição das prisões no País. Foram dadas garantias pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que Pizzolato não correria risco de vida na cadeia escolhida para recebê-lo, a penitenciária da Papuda, em Brasília.
De fato, ainda depende de uma “palavra final” a decisão de Pizzolato ser extraditado para o Brasil. O ministro da Justiça italiano terá 20 dias para decidir. Ele vai aguardar a decisão na Penitenciária de Sant’Anna, em Módena, onde ficou preso após ser encontrado no país, foragido da Justiça brasileira.
Relembre:
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* Com informações da Agência Estado e do jornal Folha de S. Paulo