O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pediu demissão do cargo na tarde desta quinta-feira, após ser citado no acordo de delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O Palácio do Planalto confirmou a informação.
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Em apenas um mês, este é o terceiro ministro a deixar o governo interino de Michel Temer — todos por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Lava-Jato. O primeiro foi o então ministro do Planejamento, Romero Jucá, seguido do ex-titular da pasta da Transparência, Fabiano Silveira, ambos tiveram conversas com Machado divulgadas.
A delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado envolveu mais de 20 políticos que teriam recebido propinas no esquema de corrupção na subsidiária da Petrobras. Pela primeira vez na Operação Lava-Jato, o presidente interino Michel Temer foi mencionado nas investigações. Senadores e deputados também foram citados.
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A Henrique Alves, Machado afirmou que repassou R$ 1,55 milhão em propina, entre 2008 e 2014. Os valores teriam sido repassados pela Queiroz Galvão e pela Galvão Engenharia. Os recursos ilícitos eram mascarados como doações oficiais.
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Alves também é alvo de pedido de investigação no Supremo Tribunal Federal em razão da Lava-Jato. No pedido, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, diz que recursos negociados pelo ministro e por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com a OAS “adviriam do esquema criminoso montado na Petrobras e que é objeto do caso Lava-Jato”.
* Zero Hora