Improvável, talvez. Impossível, jamais. Não é preciso ir muito a fundo no baú de histórias do futebol para relembrar uma porção de viradas impensáveis em campo. Que o digam os torcedores de Palmeiras e Vasco, testemunhas da noite em que Romário e companhia levaram o time da Cruz de Malta a balançar a rede quatro vezes, só no segundo tempo, e ficaram com o título da Copa Mercosul de 2000 após voltarem do intervalo perdendo por 3 a 0.

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É exatamente essa desvantagem, de três gols, que Hemerson Maria e seus jogadores precisarão reverter nesta quarta, às 19h30, na Arena Joinville, diante do Ituano no jogo de volta da primeira fase da Copa do Brasil.

Como se não bastasse a busca pelos três gols apenas para levar a decisão aos pênaltis, a matemática da classificação será ainda mais implacável caso o time de Itu consiga ao menos um golzinho: neste caso, o JEC terá de vencer por quatro gols de diferença porque passou em branco no interior paulista – gols fora de casa são um critério de desempate na Copa do Brasil.

– Vamos ter que fazer um jogo épico. Esse jogo terá que ser lembrado daqui a dez anos: “Lembra aquele jogo lá do Ituano, que tivemos que reverter aquela vantagem?”. Vai ter que ser um jogo que a cidade de Joinville vai lembrar. Vai ter que ser um marco na história de cada um. Cada um terá que fazer o jogo da vida – anunciou o técnico Hemerson Maria.

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A promessa do treinador é de manter a intensidade de jogo durante 90 minutos, marcando a saída de bola ainda no campo adversário. Pressão das arquibancadas não vai faltar: como os ingressos foram colocados à venda por preços promocionais, a partir de R$ 20, a expectativa é de casa cheia na Arena.

O momento do JEC, que vem de seis vitórias seguidas no Catarinense e vive uma lua de mel com a torcida após se garantir na final do Estadual, também não poderia ser melhor. Aliás, a recuperação do clube no Catarinense é o principal atestado de que não há limites para o grupo de Hemerson Maria – poucas semanas atrás, parte da torcida pedia a cabeça do treinador e sequer acreditava na classificação para o hexagonal.

Agora, talvez não exista versão tão verdadeira quanto o tradicional grito “eu acredito” para definir a confiança dos jequeanos na improvável, mas não impossível, classificação.

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O time que irá a campo com a difícil missão de golear o Ituano, como de costume, é mantido em segredo por Hemerson Maria. A tendência é de que o treinador mantenha a base das últimas partidas no Catarinense, mas haverá caras novas no banco de reservas: inscritos apenas na Copa do Brasil, o lateral-direito Mario Sérgio e o lateral-esquerdo Héracles podem pintar como surpresas, ainda que somente no decorrer do jogo.

Ambos foram contratados junto ao Atlético-PR e apresentados em março, mas não estrearam pelo clube. Já o atacante William Henrique, cedido pelo Vitória-BA e apresentado no último dia 6, está descartado da partida porque os trâmites burocráticos para a regularização dele não foram concluídos a tempo.

Recuperado de lesão e relacionado nos últimos dois jogos, mas sem entrar em campo, o artilheiro Jael também será opção caso os gols necessários demorem a sair.

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– O que eu bati na tecla e insisti bastante com os jogadores é que não podemos perder a esperança. Temos que martelar, martelar. E mesmo que o primeiro gol demore a sair, não podemos perder a intensidade – reforça o técnico Hemerson Maria.