Hemerson Maria chegou ao JEC no fim de 2013, após o clube perder a chance do acesso à Série A do Brasileiro. Natural de Florianópolis, o ex-treinador de Avaí e Figueirense não era unanimidade entre a torcida tricolor, afinal, havia feito a carreira nos clubes rivais do Joinville. Mas ele não levou muito tempo para conquistar o torcedor. Em um ano, levou o time à final do Campeonato Catarinense, ao tão sonhado acesso à elite do futebol nacional e ao maior título da história do clube: a Série B.
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Mesmo após um ano vitorioso, Maria começa com cautela os trabalhos em 2015. A Série A é a principal competição da temporada, mas o técnico sabe que a primeira responsabilidade será a briga pelo título do Estadual, torneio que o JEC não vence desde 2001.
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Para voltar a conquistar o Catarinense, o Joinville vai encarar nove pedreiras na primeira fase do torneio, que dará seis vagas para a próxima etapa. Entre os adversários estão três concorrentes da Série A e outro da Série B.
Qual o objetivo do JEC no Campeonato Catarinense?
Hemerson Maria – Como não poderia ser diferente, o Joinville entra com o intuito de buscar o título. Mas para que isso aconteça nós temos que ir por etapas: a primeira é fazer uma grande pré-temporada e isso está sendo feito aqui no CT. Fazer bons jogos-treino para que a gente possa estrear contra o Avaí com um resultado positivo. E, na sequência, obter o maior número de pontos possíveis para conseguir a classificação no Hexagonal.
Com quatro equipes na Série A e outra na Série B, como será a briga pelo título?
Maria – O Catarinense, sem sombra de dúvidas, é um dos campeonatos mais competitivos do Brasil. É um apelo regional muito grande. Eu vejo o Figueirense mantendo a sua base e reforçando. O Joinville manteve a sua base também. Trouxemos alguns jogadores para agregar valor, mas não estamos ainda com o grupo totalmente formado porque estamos analisando os garotos da base e os que vieram de empréstimo e adaptando os novos contratados à nossa metodologia de trabalho. Vejo o Avaí também como um forte concorrente. O Criciúma, com o Luizinho Vieira, é um grupo jovem de qualidade. A Chapecoense está formando uma equipe fortíssima. E sempre aparecem uma ou duas surpresas. Não tem jogo fácil, todo jogo é um clássico regional. A equipe que não respeitar o seu adversário e que não der valor ao Catarinense, principalmente as grandes, vai ficar de fora e não vai participar do Hexagonal.
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Os times estão dando oportunidade para treinadores catarinenses neste ano. Como isso pode fortalecer o campeonato?
Maria – Vejo que isso é muito importante porque o nosso Estado tem grandes treinadores também. O Pingo, no Metropolitano, o Sílvio Criciúma, no Atlético-Ib, o Luizinho Vieira, no Criciúma. Tive o prazer de, na minha época de júnior, jogar contra estes profissionais. São pessoas que estudaram, buscaram espaço. Coube aos clubes acreditar no potencial deles e dar oportunidade.
Como você avalia o elenco deste ano após as mudanças no time?
Maria – Seria muito injusto fazer comparação, dizer que o grupo deste ano é melhor do que o do ano passado. Então, vamos aguardar para que uma avaliação mais profunda possa ser feita. Quando você faz contratações, a expectativa é de que seja para melhor. Mas, como eu falei, só o tempo dirá se os jogadores que vieram são melhores que os jogadores que estavam aqui no ano passado. Vamos aguardar, ter tranquilidade, não vamos criar uma pressão em cima desses atletas, vamos deixar eles se adaptarem, trabalharem.
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