Hemerson Maria estava à vontade na apresentação oficial pelo Figueirense, nesta quarta-feira, na sala de imprensa do Orlando Scarpelli. O treinador volta ao clube após oito anos. Desta vez para o maior desafio no Alvinegro. Técnico do time principal, passa por seu comando do futebol a esperança para reerguer o clube envolto em dívidas financeiras a partir dos resultados no campo. Ele reconhece que a situação é um obstáculo a mais. No entanto, a identificação com o Figueira e a maturidade de adquirida no período fora do Scarpelli serão empregados na tarefa.
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– Quem assume o Figueirense sempre será cobrado por resultado. Nossas metas iniciais são a defesa do título estadual, e formatar uma equipe competitivo e entrosada para a Série B, em que o acesso é o objetivo. É um trabalho difícil, árduo e o Figueirense oferece condições. Tenho conversado com o Felipe (Faro, diretor de futebol) e o Cláudio (Vernalha, presidente) para termos um time brigador e organizado taticamente. O primeiro passo é esse. Não existe resultado sem desempenho e os resultados virão – disse o treinador.
A história de Hemerson Maria no Figueira começou quando tinha nove anos. Menino, passou por todos os times de base do clube e dele saiu para tentar a vida como atleta. Sem sucesso, voltou aos 29 para trabalhar como treinador de base. Desde 2010, após comandar o time alvinegro na Copa São Paulo de futebol júnior daquele ano, seguiu a carreira. Entre os clubes em que trabalhou estão Avaí, Joinville, Fortaleza e Vila Nova, o último que defendeu.
Acompanhado do auxiliar Emerson Nunes e do preparador físico Alexandre Souza, voltar ao Figueirense vai além do desafio profissional. Natural de Florianópolis, ele quer estar mais próximo da família neste momento da carreira. A morte do pai, em setembro deste ano, fez parte da decisão.
– Sou muito ligado à família. Perdi meu pai, que é um dos meus ídolos. Foi um baque grande, porque sou o filho mais velho e na ocasião (no Vila Nova) não pude dar o suporte que gostaria. Minha família precisava de mim e clube em que comecei precisa do meu auxílio. Vamos buscar objetivo do time e também de encontrar harmonia com a família.
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Diretor de futebol do clube, Felipe Faro apresentou Hemerson Maria e falou sobre a situação das finanças do clube, uma vez que o presidente Claudio Vernalha alegou uma emergência que o impediu de estar presente. De acordo com Faro, o mandatário busca acertar as pendências o quanto antes e o plano é começar a pré-temporada em 2 de janeiro e com o elenco formado de forma simples: dentro do orçamento.
Tanto o dirigente quanto Hemerson Maria adotam a cautela para tratar dos nomes que buscam para formatar o elenco para a próxima temporada. São 12 jogadores com contrato em vigor para a temporada e mais quatro atletas que já alçados ao elenco profissional ao final deste ano. No entanto, sabe o que quer para o time que vai mandar a campo.
– Os nomes são tratados internamente, alguns contatos foram feitos. O mercado está fervilhando, se falar pode gerar especulação e dificuldade de negociação. Dá para alcançar objetivos com orçamento mais baixo. Definimos um perfil e buscamos este tipo de atleta. Eu me sinto à vontade em formatar um time pelos mercados que passei. São jogadores com fome, com vontade de vencer, algo que o Figueirense sempre fez. O clube forma jogadores também fora da base. Há grandes atletas sedentos por oportunidade. Vamos busca-los com inteligência e criatividade.