O técnico do Joinville, Hemerson Maria, promete apostar na instabilidade emocional do Criciúma para buscar uma vitória no clássico da próxima quarta-feira, no Heribeto Hülse. O Tigre ocupa a sexta colocação na tabela do Catarinense, venceu apenas na primeira rodada e vem de duas derrotas consecutivas.
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-Podemos aproveitar a instabilidade emocional de alguns jogadores. Com o passar do tempo, a torcida do Criciúma é muito exigente também. Então, é aproveitar esses pontos, principalmente de desequilíbrio emocional do adversário, e ter muita atenção porque, do meio-campo para frente, o Criciúma tem muita qualidade – destacou Maria.
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Como tem repetido nas últimas entrevistas, Hemerson Maria reforçou que o time buscará os três pontos, mesmo que isso não signifique exibir um futebol de encher os olhos.
-O bom futebol, não posso prometer para vocês que será agora contra o Criciúma ou contra o Guarani de Palhoça. Nós vamos jogar um bom futebol, mas enquanto não vem o bom futebol, plástico, bonito, técnico, seremos uma equipe taticamente bem postada, que vai se dedicar ao máximo para buscar o resultado de vitória – apontou.
O Joinville deve entrar em campo com a base da equipe que enfrentou o Inter de Lages na última rodada. Se forem liberados pelo departamento médico, Geandro e Anselmo ficarão à disposição do técnico. Fernando Viana está liberado para jogar.
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Confira a entrevista coletiva completa:
Escalação
Vamos aguardar o posicionamento do departamento médico em relação a alguns jogadores, mas a intenção é repetir ao máximo a formação que jogou lá em Lages. Temos algumas variações que podem ser utilizadas com os mesmos jogadores ou com a entrada de um jogador e mudando a maneira de a equipe jogar, não de marcar né?
Mas vamos aguardar, temos um compromisso difícil. O treinador do Criciúma, Luizinho, meu grande amigo, é um cara muito inteligente. Aguardará a nossa definição para, de repente, definir o Criciúma. Mas, independentemente de quem jogar, vamos montar um Joinville forte. Trata-se de um clássico catarinense e qualquer detalhe pode definir o jogo.
Folga no fim de semana
Foi necessário porque tivemos uma semana cheia. Treinamos em dois períodos na segunda-feira e na terça-feira. Quarta, quinta e, na sequência, tivemos o jogo contra o Inter de Lages, disputado com gramado pesado. Era preciso dessa folga. O grupo que ficou em Joinville trabalhou na sexta-feira em dois períodos, então liberamos os atletas para descansar e chegar aptos para treinar. A intensidade do trabalho hoje (segunda-feira) pela manhã foi muito boa.
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Alguns jogadores estão complementando trabalho ainda, principalmente aqueles que ficaram no banco e não foram relacionados. O grupo trabalha muito forte, ninguém reclama de nada. Estamos imbuídos de melhorar nosso rendimento para que possamos ter uma classificação um pouco mais tranquila e, na sequência, com o grupo mais fortalecido, entrarmos fortes no hexagonal.
Departamento médico
O Alef, a última informação que tive, é que não se encontra em condições de jogo ainda. O Geandro também se encontra no departamento médico, junto do Anselmo. Pode ter uma chance de um ou outro viajar (para Criciúma), vamos aguardar. O Viana sentiu um desconforto muscular. E aí é o que eu falo do profissionalismo do atleta, né?
Ele veio fazer o tratamento no sábado, fez o tratamento ontem (domingo) em dois períodos, levou o equipamento para fazer o tratamento em casa e teve uma melhora muito acentuada. Pusemos ele para treinar hoje (segunda), ele conseguiu fazer o treinamento em boa parte, a saída dele foi uma precaução da minha parte. Tirei ele um pouquinho na última parte do treinamento. O Viana vai viajar e está apto para jogar em Criciúma.
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Desfalques
Precisamos melhorar em todos os aspectos. A questão física, que vai vir com a sequência de jogos. A questão técnica, questão tática. Precisamos evoluir do meio-campo para frente, foi o setor que tivemos mais perdas. Perdemos o Edigar Júnio, o Everton. E vinha jogando, durante boa parte do campeonato, o próprio Jael.
Temos jogadores do meio para frente que não entraram ainda. Caso do Tiago Luis, que chegou agora, caso do Jael, caso do Saci. São jogadores que vão acrescentar bastante. Temos o Eduardo, que falta melhorar um pouquinho na questão técnica e tática. Falta um pouquinho mais de adaptação, tenho conversado com ele. Não está descartado não, é um grande jogador. Já houve uma melhora do Luis Felipe nesse último jogo, conseguiu terminar o jogo, fazer jogadas de linha de fundo, marcou, jogou com mais intensidade.
Evolução
Toda melhora, quando é muito acentuada, lá na frente você vai ter uma queda. Então estamos, passo a passo, melhorando. Já houve melhora no nosso espírito. Entramos no espírito da competição contra o Marcílio Dias e no último jogo agora. Foi uma equipe que se adaptou mais ao Catarinense. Jogos aguerridos, jogos disputados.
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Bom futebol
O bom futebol, não posso prometer para vocês que será agora contra o Criciúma ou contra o Guarani de Palhoça. Nós vamos jogar um bom futebol, mas enquanto não vem o bom futebol, plástico, bonito, técnico, seremos uma equipe taticamente bem postada, que vai se dedicar ao máximo para buscar o resultado de vitória.
Altos e baixos
Penso que o nosso primeiro tempo contra o Avaí foi de nível parecido com o do ano passado. As outras partidas, concordo, nós oscilamos. Houve uma melhora não tão grande quanto a gente esperava contra o Inter de Lages, mas nós fizemos uma partida relativamente boa, poderíamos ter ganho o jogo. Agora, o que eu espero desse jogo e do Criciúma, é um adversário que jogará seu segundo jogo em casa, na sequência. Perdeu, tem jogadores jovens, mas de muita qualidade.
Tem que tomar cuidado até quando falo, mas… A categoria de base do Criciúma tem um trabalho. O Luizinho Vieira, joguei com ele no sub-20 do Figueirense. E, antes de ir para o sub-20 do Figueirense, ele era jogador do Criciúma. Naquele tempo, o Criciúma tinha o Sílvio Criciúma, Everaldo, Jairo Santos. Tinham sido campeões da Copa BH de juniores e iam para a Copa São Paulo com frequência. Estou falando de um trabalho da década de 1990. Quase 30 anos de trabalho que o Criciúma tem e você vê que, todo ano, eles têm jogadores da categoria de base. Mas é um trabalho que vem de uma sequência, né? É onde vamos chegar aqui também, tem vários garotos frequentando o banco de reservas, entrando gradualmente.
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Emocional
Espero uma partida dificílima. O Luizinho é um cara muito estudioso, se preparou para essa profissão. Há jogadores de qualidade, principalmente do meio-campo para frente. Cleber Santana, um maestro, jogadores rápidos. De repente, podemos aproveitar a instabilidade emocional de alguns jogadores. Com o passar do tempo, a torcida do Criciúma é muito exigente também. Então, é aproveitar esses pontos, principalmente de desequilíbrio emocional do adversário, e ter muita atenção porque do meio-campo para frente o Criciúma tem muita qualidade.
Marcação
O Inter de Lages teve alguns espaços, principalmente por dentro do campo, onde o Marcelinho (Paraíba) às vezes tinha alguns espaços. Ele é um jogador muito inteligente, difícil de marcar. Nesse último jogo, contra o Joinville, ele atuou como um segundo atacante. Tiveram a formação de losango no meio-campo, com o Diogo, Schmöller, o Lucas Gabriel e o Calyson no primeiro tempo, jogando como um meia-armador centralizado. E o Marcelinho e o Reinaldo soltos na frente.
Quando isso acontece, é difícil de marcar porque eles flutuam nas costas dos volantes. Era justamente onde ele recebia a bola e conseguia arrematar. Isso aí é mérito do jogador, é inteligência. Se eu deslocar um jogador para fazer marcação individual, posso abrir o meio-campo.
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E também porque o Augusto, de volante, tem uma característica mais ofensiva, então em algum momento ele deixa desguarnecida a entrada da área e sobrecarrega um pouquinho o Naldo. Eu estava cobrando isso dele, conversando e tentando corrigir esse posicionamento, principalmente no segundo tempo. É um jogador que, a partir do momento que se encaixar, vai nos ajudar bastante. Mas precisa ter essa consciência tática de que, a partir do momento em que a equipe adversária tiver a posse de bola, ele terá que fechar a entrada da área junto do Naldo para dar essa consistência e para que os laterais não fiquem tão expostos.