O perfeccionista Hemerson Maria não ficou muito satisfeito com o empate fora de casa na partida contra o Guaratinguetá. O treinador, no entando, soube avaliar positivamente o resultado e entende que o ponto conseguido é importante para o time do Avaí. Quando questionado, após o jogo, sobre o desempenho do Leão, Hemerson Maria foi direto ao assunto:
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– Temos que reconhecer que não fizemos um bom primeiro tempo. Fomos prejudicados pela marcação do gol do Guaratinguetá no começo do jogo. Isso ajudou a dar moral para a equipe deles e a nossa equipe ficou um pouco intranquila. Com uns 25 minutos tivemos mais posse de bola, mas de maneira improdutiva. No segundo tempo a gente conseguiu agredir mais a equipe do Guaratinguetá. Logo em seguida tivemos a expulsão do Pirão. Conseguimos o empate e logo depois veio a expulsão do Bruno, então fizemos o possível para segurar o empate – falou o técnico.
Sobre o gramado irregular, o técnico não usou como desculpa pelo mal desempenho do Leão no primeiro tempo:
– Realmente, o gramado tinha alguns buracos, era um pouco irregular. Nossa equipe joga bastante na base da velocidade, e para fazer isso é preciso realizar bastante toques de primeira. A gente notou que em alguns pontos a bola pega nos buracos e nos atrapalhava. Mas não tem que servir de desculpa. Faltou compactação no primeiro tempo. Faltou atenção também. Nós fomos melhor no segundo tempo, fomos mais ousados, fomos mais ao gol. Talvez se não tivéssemos perdido dois jogadores pudéssemos ter virado o jogo – disse o treinador .
O Avaí errou muitos passes no primeiro tempo. A equipe se recuperou na segunda etapa, mas não conseguiu atintingir a vitória. Hemerson Maria falou também sobre a situação do campo:
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– Erramos 27 passes no primeiro tempo, isso não é normal. A zaga foi prejudicada por alguns erros de passe, principalmente na intermediária, quando eles estavam saindo, e o Guarainguetá tinham dois jogadores adiantados e o Leandro Silva e o Cássio precisavam cobri-los, nos contra-ataques do rival. Conversamos no vestiário, depois do primeiro tempo, para corrigir alguns erros de marcação. O Guaratinguetá tem bons jogadores indivdualmente e pode crescer na competição, se jogar como jogou contra o Avaí. Temos que valorizar o nosso ponto fora de casa, que é muito importante – disse Hemerson Maria.
O técnico do Leão falou também sobre o desempenho mediano que o volante Mika apresentou em campo:
– O Mika vem jogando desde a semifinal contra a Chapecoense, no Catarinense. Em nenhum jogo ele foi substituído. É um desgaste natural o que ocorre, como aconteceu com o Nunes, como aconteceu com o Felipe. Temos jogadores capacitados, como é o caso do Felipe que entrou, e muito bem, e deu conta do recado. No segundo tempo conseguimos o empate e poderíamos ter conseguido a vitória – analisou o técnico.
Hemerson Maria soube explicar a expulsão de Pirão do time do Avaí:
– O Pirão é uma pessoa fantástica. É o jogador mais animado do grupo, coloca o grupo para cima, como aconteceu no intervalo. Ele errou o tempo do carrinho e acabou cometendo a falta. Foi apenas uma coincidência e ele acabou sendo expulso – disse Hemerson.
Em alguns momentos, o meio-campista Bruno trabalhou na defesa, e em outros momentos da partida, no ataque. Hemerson Maria comentou esta escolha tática:
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– São situações que nós treinamos diariamente. Essa situação de o Bruno trabalhar mais centralizado, sendo um coringa na área e no meio, são situações que a gente treina durante a semana e que podem acotecer no jogo. Os jogadores tem uma consciência tática muito grande, e graças à isso a gente conseguiu o empate que teve gosto de vitória no final – falou o treinador.
O técnico do Avaí terminou a sua fala analisando a situação de todo o plantel do Leão para a próxima partida, contra o ASA de Arapiraca:
– Estava conversando sobre isso com os jogadores durante a semana. Nós vencemos o Figueirense no estadual por 3 a 0 e se formos analisar, cinco jogadores não estão mais no grupo: o Arlan, o Renato, o Robinho, o Nunes e o Felipe – estes dois que estavam no banco. Nosso grupo hoje é um grupo homogêneo. Temos jogadores diferenciados, como é o caso do Cleber Santana. Os jogadores que estão no banco estão preparados para suprir a ausência dos jogadores que não vão poder jogar – finalizou o técnico.